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Plataforma portuguesa de “finanças éticas” Goparity levanta mais dois milhões

Os fundos agora angariados pela “fintech” de investimento que promove projetos sustentáveis visam fomentar a expansão na Europa e na América, “com especial destaque” para Espanha e Canadá.

A equipa da Goparity.
14 de Janeiro de 2023 às 09:00
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Fundada em 2017, a Goparity garante que conta actualmente com quase 30 mil utilizadores de mais de 70 países, tendo já angariado cerca de 10,4 milhões de euros de investimento.

 

Apresentando-se como "plataforma de finanças éticas", a Goparity afiança que os projetos financiados por esta plataforma permitiu já apoiar quase 200 mil pessoas "em situações vulneráveis", criado sete mil postos de trabalho e  contribuído para evitar a emissão de 23,8 mil toneladas de emissões de dióxido de carbono para a atmosfera todos os anos.

 

Entretanto, este sábado, 14 de janeiro, a Goparity anunciou ter efectuado uma nova ronda de investimento, desta vez no valor de dois milhões de euros, liderada outra vez fundo europeu de investimento de impacto MSM (Mustard Seed MAZE), em conjunto com a Schneider Electric Energy Access (SEEA) e com o apoio de uma campanha de "crowdfunding".

 

A "fintech" adiantou que irá utilizar o capital para "impulsionar o seu crescimento e expansão a nível internacional, bem como desenvolver novas funcionalidades financeiras, sempre com foco na sustentabilidade".

 

Em concreto, os fundos angariados serão utilizados para" fomentar a expansão geográfica na Europa e na América, com especial destaque para Espanha e Canadá".

 

Assegurando que registou "tanto investimento através da sua plataforma em 2022 como desde que começou a operar (2018-2021)", planeia contratar "até 15 pessoas nos próximos anos".

 

"Com a missão de capacitar pessoas e empresas a contribuir ativamente para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, através de investimentos de impacto, a Goparity angariou mais de 600 mil euros de investidores da plataforma, na maioria indivíduos com idades entre os 18 e os 40 (69%) e homens (70%), mas, ainda assim, com quatro mulheres no top 10 de maiores investidores, incluindo o investidor individual mais elevado", detalhou.

 

Nuno Brito Jorge, fundador e CEO da Goparity, manifestou a sua satisfação "com este feito, numa altura em que a angariação de capital tem sido difícil para tantas empresas em todo o mundo".

 

Com esta ronda, Nuno Brito Jorge avançou que o objectivo é "levar a Goparity para o próximo nível: trazer o financiamento de impacto à vida diária dos nossos utilizadores para que possam, em cada investimento, conta, ou transacção, ter a certeza de que o seu dinheiro está a ser utilizado de acordo com os seus valores".

 

Sobre a campanha de "crowdfunding", disse acreditar que uma empresa como a Goparity, "centrada em investimentos coletivos para o impacto ambiental e social, beneficiará de ser parcialmente detida pela comunidade que serve. Portanto, para além dos investidores institucionais, decidimos liderar pelo exemplo e dar à nossa comunidade a oportunidade de ser também acionistas da empresa", sinalizou.

 

Já António Miguel, da MSM, consideou que "a Goparity é uma das principais preferências dos consumidores no que diz respeito à utilização dos seus recursos financeiros, poupanças e planos para projetos de investimento com impacto, o que é comprovado pelo crescimento do impacto e da utilização ao longo do ano passado. A isto junta-se uma excelente equipa cuja ética e valores são tão fortes quanto o seu profissionalismo e eficiência", observou.

 

Marta Carneiro Enes, da SEEA, acrescentou que "a Goparity proporciona uma forma alternativa e facilmente acessível às empresas de impacto para financiar os seus projetos sustentáveis através da democratização do investimento de impacto", sendo que "a SEEA é particularmente sensível ao financiamento de iniciativas de energia sustentável e economia social, bem como à contribuição da Goparity para projetos europeus dedicados à justiça e à luta contra a pobreza energética".

 

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