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Petrobras deixa em aberto futuras parcerias petrolíferas com a Galp

O presidente da Petrobras, Jose Sergio Gabrielli, deixou em aberto o futuro das relações entre a petrolífera estatal brasileira e a Galp Energia em matéria de exploração petrolífera, indicando, em declarações ao Jornal de Negócios esta manhã, que "isso depende das áreas que forem colocadas em concessão (no Brasil)".

03 de Julho de 2008 às 10:15
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O presidente da Petrobras, Jose Sergio Gabrielli, deixou em aberto o futuro das relações entre a petrolífera estatal brasileira e a Galp Energia em matéria de exploração petrolífera, indicando, em declarações ao Jornal de Negócios esta manhã, que "isso depende das áreas que forem colocadas em concessão (no Brasil)".

"Neste momento as parcerias estão feitas", comentou Gabrielli, durante o Congresso Mundial de Petróleo, que hoje termina em Madrid. Ainda assim, o presidente da Petrobras sublinhou que o relacionamento com a Galp vai alem do petróleo, tendo Sergio Gabrielli destacado projectos de parceria em áreas como a dos biocombustíveis.

No que diz respeito ao petróleo, uma das principais expectativas está em torno do campo de Tupi, onde no ano passado foi feita uma das maiores descobertas de sempre a nível mundial. Tupi tem reservas estimadas em cinco a oito mil milhões de barris recuperáveis de petróleo.

"O petróleo tem um teor sulfúrico muito baixo. Para os padrões brasileiros e um petróleo light", comentou o presidente da Petrobras numa conferência de imprensa. Depois, Gabrielli disse que é difícil para já saber os investimentos exactos que Tupi exigirá.

"Vamos fazer um teste de longa duração que começa no primeiro trimestre de 2009 e vamos começar o projecto piloto em 2010. Somente depois disso será possível ter mais informação", disse o presidente da Petrobras em declarações ao Jornal de Negócios.

Ainda assim, já em Junho, o director de exploração e produção da companhia brasileira, Guilherme Estrela, adiantou que os testes em Tupi vão custar mil milhões de dólares, podendo o investimento total superar os dois mil milhões de dólares, considerando os gastos com plataformas e com a construção de um gasoduto. Jose Sergio Gabrielli foi um dos protagonistas do painel de abertura na primeira conferência de hoje.

O presidente da Petrobras lembrou que os países em vias de desenvolvimento estão a acelerar o seu consumo. "A mudança no destino dos produtos petrolíferos terá um impacto grande na logística. Vai exigir investimentos mais intensivos nas infra-estruturas", afirmou Gabrielli. Outro participante nesta mesma conferência foi John Watson, vice-presidente da Chevron, que destacou a importância das alianças internacionais neste sector.

"A nossa parceria com a Petrobras demonstra um facto muito importante nos dias de hoje: aliando as capacidades de uma companhia internacional com as de uma estatal conseguimos dar melhores respostas a todos os 'stakeholders'", disse Watson. "Nenhuma entidade tem todas as competências para entrar sozinha num grande projecto", acrescentou.

* Em Madrid, a convite da Galp

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