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Pedro Reis: Empresas portuguesas merecem fim da crise política

As empresas portuguesas merecem o fim da actual crise política, defendeu hoje em Luanda o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

19 de Julho de 2013 às 21:24
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"As nossas empresas merecem que nós rapidamente fechemos esta janela de maior indefinição política e nos concentrarmos em ajudá-las, porque é através das empresas que vem o emprego e o crescimento e vamos recuperar a confiança no nosso país", disse Pedro Reis, que falava à Lusa à margem da celebração do Dia de Portugal na Feira Internacional de Luanda (FILDA).

 

Representante de Portugal na celebração, em substituição do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros Paulo Portas, o presidente da AICEP fez votos para que "rapidamente se restabeleça a normalidade" e seja possível apontar-se à "única agenda que pode tirar Portugal da crise e fazer virar a página: a agenda económica, do crescimento, do emprego, da internacionalização e da estabilidade".

 

A mesma ideia foi expressa à Lusa por Matos Cardoso, presidente do Conselho de Administração da FILDA, que completa nesta edição 30 anos de exposição e apresentação de bens, produtos e serviços pelos parceiros comerciais de Angola.

 

"A instabilidade política é sempre um facto condicionador de qualquer situação, quer seja económico ou social, e a qualquer nível. Claramente, Portugal vai ressentir-se um pouco, e depende de quanto tempo poderá demorar este processo, poderá ressentir um pouco do momento delicado que está a viver", considerou Matos Cardoso.

 

Mais optimista, Pedro Reis destacou a presença de 92 empresas no Pavilhão de Portugal, com 3 mil metros quadrados, e de mais 20 espalhadas pela superfície total do certame, que juntou 35 países e a Região Administrativa Especial de Macau, num total de mil empresas.

 

"Hoje estão aqui, no Pavilhão de Portugal, 92 empresas, além de 20 lá fora. Muitas delas nunca tinham vindo conhecer o mercado angolano e acredito que, por um lado, pelo reforço das nossas exportações e investimentos em Angola, não há dúvida que os números têm aumentado", afirmou.

 

Pedro Reis assinalou o facto de em 2012 esse aumento ter sido de 28%, e de Angola se afirmar "de forma crescente" como o quarto destino das exportações portuguesas.

 

O presidente da AICEP distinguiu ainda a diversificação, quer de bens e serviços quer da presença de empresas portuguesas no espaço angolano. "As empresas portuguesas estão a avançar para além de Luanda e a conquistar mercado e a fazer parcerias, que é fundamental para ter sucesso, em províncias como Benguela, Huíla, Malanje e Uíge", considerou.

 

Pedro Reis acredita que Portugal vai retomar o crescimento económico. "Havemos um dia de recuperar o nosso crescimento económico, e vamos ver que Angola não passa de moda. Angola é uma relação umbilical com a nossa economia", afirmou.

 

A mesma ideia foi expressa por Matos Cardoso, que acentuou o "sentimento de solidariedade e parceria" entre os dois países e das "relações interpessoais" que não permitirão, considerou, que "qualquer instabilidade política possa de forma muito gravosa afectar".

 

"Já foi assim quando Angola esteve em guerra e será com certeza assim, no momento em que Portugal está a viver um momento de alguma incerteza. Acredito que este momento será rapidamente ultrapassado. Acredito firmemente nisso, e será ultrapassado bem antes que possa afectar de forma gravosa as relações económicas" bilaterais, concluiu.

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