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Parpública apresenta lucros de 50 milhões e abre caminho à requalificação da Margueira
"Qualquer que seja a perspectiva usada para analisar a evolução registada pelo Grupo Parpública no primeiro semestre de 2018, a avaliação terá de ser positiva", proclamam, satisfeitos, os seus dirigentes.
O grupo Parpública apresentou esta sexta-feira, 28 de Setembro, um lucro consolidado de 48,7 milhões no primeiro semestre, 600% superior aos sete milhões que apresentou no mesmo período do ano passado.
O grupo, que concentra as participações do Estado em empresas como TAP, Águas de Portugal, Circuito do Estoril, INCM ou Baía do Tejo, divulgou o relatório e contas consolidadas relativo ao primeiro semestre do ano no sítio na Internet da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
"Qualquer que seja a perspectiva usada para analisar a evolução registada pelo Grupo Parpública no primeiro semestre de 2018, a avaliação terá de ser positiva", proclamam, satisfeitos, os seus dirigentes.
Para tal, argumentaram com aquele aumento dos lucros, mas com a redução do endividamento em 523,5 milhões, para 4,3 mil milhões de euros.
Para o segundo semestre, dos vários projectos mencionados, avulta a nova missão de promover o desenvolvimento e a gestão das florestas e a preparação da alienação do território da Margueira, concelho de Almada, distrito de Setúbal.
Sobre este último, a intenção última é requalificar a antiga área industrial da Margueira, conhecida como 'Cidade da Água', devendo estar entregue a um promotor até ao final do primeiro trimestre de 2019.
A Baía do Tejo é uma empresa pública que tem a responsabilidade de requalificar os territórios das antigas áreas industriais da Quimiparque, no Barreiro, da Siderurgia, no Seixal, e da Margueira, em Almada, em conjunto com as autarquias, conhecido como projecto do Arco Ribeirinho Sul ou 'Lisbon South Bay', nome utilizado na promoção internacional.
A 'Cidade da Água' tem prevista uma área de construção de 630.000 m2 e, além do parque habitacional, inclui a instalação de um hotel, um museu e um centro de congressos, ligados entre si por praças e canais, dando origem a um conjunto de espaços públicos únicos.
O projecto, que tem dois quilómetros de frente ribeirinha, contempla também uma marina e um novo terminal fluvial intermodal, estando previsto que seja efectuado de forma faseada.
A presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, afirmou à Lusa, durante o certame MIPIM, realizado em Cannes, em Março, que este território é o centro e a alma de Almada.
"A 'Cidade da Água' começa em Cacilhas e vai até à frente ribeirinha da Cova da Piedade, na zona nobre da cidade de Almada. Vai ter habitação, escritórios, museu, uma marina e zona para empresas", explicou.