Notícia
Oliveira ganha tempo no prazo médio da dívida com emissão de obrigações
A Controlinveste foi buscar ao mercado 224 milhões de euros, que servirão para refinanciar dívida. A empresa, de Joaquim Oliveira, consegue, com a emissão de obrigações, aumentar o prazo médio da sua dívida.
20 de Janeiro de 2010 às 00:01
A Controlinveste foi buscar ao mercado 224 milhões de euros, que servirão para refinanciar dívida. A empresa, de Joaquim Oliveira, consegue, com a emissão de obrigações, aumentar o prazo médio da sua dívida.
Esta emissão tem uma maturidade de cinco anos. Reorganizar as obrigações correntes é a principal explicação para esta emissão, disse ao Negócios Rolando Oliveira, vice-presidente da Controlinveste.
A emissão teve a particularidade de possibilitar à Controlinveste, no final do prazo, pagar aos obrigacionistas com acções da Portugal Telecom. O que, na prática, é como se os títulos da PT tivessem sido dados como garantia num empréstimo.
Rolando Oliveira garantiu ao Negócios que esta emissão "serve para refinanciar outras obrigações financeiras que temos". Questionado sobre se serviria para pagar dívida ao BCP, Rolando Oliveira não especificou, dizendo que as obrigações financeiras são com a generalidade da banca. E voltou a desmentir que a Controlinveste tivesse uma dívida em bloco de 300 milhões no BCP e que o banco tenha alguma vez dado carência de três anos no prazo de pagamento. A Controlinveste também tinha desmentido ter negociado com Armando Vara o refinanciamento da dívida.
Na emissão de ontem, o BCP e o Crédit Suisse foram os líderes do sindicato colocador. A emissão foi garantida pelo BCP.
A colocação decorreu durante duas horas e a procura superou a oferta em dez vezes. Rolando Oliveira adiantou ao Negócios que as obrigações foram colocadas junto de investidores institucionais, na maioria internacionais.
E essa vertente internacional justifica, segundo o mesmo responsável, o facto de ter sido uma empresa da Controlinveste sediada no Luxemburgo a fazer a emissão. É normal utilizarem--se veículos em países com menos risco de mudanças fiscais, explica Rolando Oliveira. Foi para esta participada no Luxemburgo que a Controlinveste transferiu recentemente as acções que detém, também, na Zon. Rolando Oliveira não revela o futuro, dizendo apenas que a empresa está sempre a equacionar "a melhor forma de usar os seus activos".
Aliás, é neste enquadramento que o mesmo responsável explica as operações de reorganização societária que o grupo tem realizado e garante que não tem na origem o reforço dos capitais próprios. Mas tem tido essa consequência.
Com a emissão concretizada ontem, a Controlinveste garantiu 224 milhões de euros. O prémio de conversão foi de 35%, que estava no máximo do intervalo proposto. O custo do cupão fixo a cinco anos ficou nos 3% anuais. Ou seja, a Controlinveste conseguiu um financiamento máximo a um custo baixo. No final da maturidade, cabe à Controlinveste decidir se paga em dinheiro ou em acções da PT.
Esta emissão tem uma maturidade de cinco anos. Reorganizar as obrigações correntes é a principal explicação para esta emissão, disse ao Negócios Rolando Oliveira, vice-presidente da Controlinveste.
Rolando Oliveira garantiu ao Negócios que esta emissão "serve para refinanciar outras obrigações financeiras que temos". Questionado sobre se serviria para pagar dívida ao BCP, Rolando Oliveira não especificou, dizendo que as obrigações financeiras são com a generalidade da banca. E voltou a desmentir que a Controlinveste tivesse uma dívida em bloco de 300 milhões no BCP e que o banco tenha alguma vez dado carência de três anos no prazo de pagamento. A Controlinveste também tinha desmentido ter negociado com Armando Vara o refinanciamento da dívida.
Na emissão de ontem, o BCP e o Crédit Suisse foram os líderes do sindicato colocador. A emissão foi garantida pelo BCP.
A colocação decorreu durante duas horas e a procura superou a oferta em dez vezes. Rolando Oliveira adiantou ao Negócios que as obrigações foram colocadas junto de investidores institucionais, na maioria internacionais.
E essa vertente internacional justifica, segundo o mesmo responsável, o facto de ter sido uma empresa da Controlinveste sediada no Luxemburgo a fazer a emissão. É normal utilizarem--se veículos em países com menos risco de mudanças fiscais, explica Rolando Oliveira. Foi para esta participada no Luxemburgo que a Controlinveste transferiu recentemente as acções que detém, também, na Zon. Rolando Oliveira não revela o futuro, dizendo apenas que a empresa está sempre a equacionar "a melhor forma de usar os seus activos".
Aliás, é neste enquadramento que o mesmo responsável explica as operações de reorganização societária que o grupo tem realizado e garante que não tem na origem o reforço dos capitais próprios. Mas tem tido essa consequência.
Com a emissão concretizada ontem, a Controlinveste garantiu 224 milhões de euros. O prémio de conversão foi de 35%, que estava no máximo do intervalo proposto. O custo do cupão fixo a cinco anos ficou nos 3% anuais. Ou seja, a Controlinveste conseguiu um financiamento máximo a um custo baixo. No final da maturidade, cabe à Controlinveste decidir se paga em dinheiro ou em acções da PT.