Notícia
O ateliê de arquitectura que soma idiomas ao seu "site"
A empresa Miguel Saraiva & Associados está já na Argélia, Brasil, China e Guiné Equatorial, e "exporta" serviços para 11 países
Cada mercado novo, uma nova língua. No "site" na Internet da empresa Miguel Saraiva & Associados - Arquitectura e Urbanismo, o último idioma adicionado foi o mandarim, que se junta ao português, inglês, francês e russo já residentes. O ateliê de arquitectura de Miguel Saraiva inaugurou oficialmente um novo escritório na China no passado dia 26 de Abril.
"Quando se aproxima o momento de entrar num determinado mercado, apresentamos imediatamente o nosso "site" na língua falada nesse mercado". O presidente executivo da empresa e hoje accionista único do ateliê explica: "é uma manifestação de respeito pelos mercados onde estamos ou pretendemos operar".
No "site" também podia estar o árabe, já que é na Argélia (onde o francês também é língua oficial) que a Saraiva & Associados tem também um escritório, que realiza 20% da sua "produção" e "deverá continuar a ser o mercado mais importante a seguir a Portugal". Com 15 anos de existência, nascida "num pequeno gabinete na Rua de São Paulo", em Lisboa, a empresa liderada por Miguel Saraiva tem hoje escritórios localizados na Argélia, no Brasil (em parceria com Marcelo Montoro, que detém 40% da "joint-venture"), Guiné Equatorial e agora China (uma aliança em que o empresário Nuno Baptista detém 20%). São estes quatro países que, em 2013, deverão ser responsáveis por um peso de "50% a 60%" das vendas do ateliê de arquitectura. Nessa altura, acredita o CEO da empresa, "o peso de Portugal nas vendas irá baixar para 15% a 25%". Os restantes "15% a 35%" serão realizados então pelos "restantes mercados onde produzimos", avança.
Em 2010, Portugal representou aproximadamente 45% do volume de produção da empresa, o Senegal 20%, a Argélia 15%, a Rússia 5%, assim como a Guiné Equatorial, e a Angola 3%. "Nos últimos três anos, o crescimento da facturação da empresa duplicou", explica Miguel Saraiva, tendo "atingido os seis milhões de euros". A "empresa gerou lucro e EBITDA francamente positivos", salienta, sem contabilizar.
"Nos primeiros oitos anos" de existência "trabalhámos apenas o mercado nacional", mas "há sete anos despertámos para o mercado externo", conta Miguel Saraiva. A empresa "possui actualmente uma posição completamente consolidada no mercado nacional", garante o gestor, acrescentando que o ateliê de arquitectura é "um dos maiores, senão o maior do País".
Com "entidades institucionais, empreiteiros, grandes promotores turísticos e também do imobiliário destinado à habitação, escritórios e serviços" como "clientes-alvo", a Saraiva & Associados prepara-se para crescer, no mínimo 15% em 2011, para vendas de sete milhões de euros. E adicionar empregos.
Perguntas a ...
Miguel Saraiva
CEO da Miguel Saraiva & Associados - Arquitectura e Urbanismo
"Encaramos as parcerias locais como vantagem na nossa integração no país"
Para quantos países fornecem serviços actualmente?
Já "exportámos" serviços para 14 países, estando actualmente a desenvolver projectos apenas para 11.
Em que países têm presença local?
Temos presença local, através de escritório de representação ou de empresa de direito local, na Argélia, Brasil, China e Guiné Equatorial.
Como chegaram a esses destinos?
A nossa presença no exterior deve-se muito ao facto de acompanharmos os nossos clientes nacionais no estrangeiro, fundamentalmente empreiteiros - na área da concepção/construção, das variantes e da promoção directa. O facto das empresas nacionais investirem lá fora, acaba por ser uma janela de oportunidade para nós enquanto projectistas. Outra das formas importantes de chegar ou reforçar a presença em novos destinos, é a constituição de parcerias. Encaramos as parcerias locais como uma vantagem na nossa integração no país, ao nível da língua e, sobretudo, na compreensão e aprendizagem das questões técnico-legais.
Prevêem presença em novos destinos?
O nosso objectivo imediato consiste em prestar serviços na área de influência das nossas actuais representações - da Argélia ao Magrebe, do Brasil à América Latina, de Pequim à restante zona da Ásia - Pacífico e da Guiné Equatorial à África Oeste. Por outro lado, tentaremos fortalecer os laços com os países para onde exportamos.
Quais os principais desafios para os próximos três anos?
O aumento da concorrência e das exigências dos mercados, não só ao nível da arquitectura, como também no que se refere aos problemas da fiscalidade e da circulação de capitais.
Ideias-chave
Aos oito anos iniciais vocacionados para o mercado nacional, o ateliê adicionou outros sete a internacionalizar-se
1. Mercado
Do "futuro Hospital de Loures ao Campos de Justiça no Porto", passando pelo "Quartier El Ryad, em Oran, na Argélia, com uma intervenção de 42 hectares" ao Instituto de Hidrocarboretos em Mongomo, na Guiné Equatorial, o ateliê tem "presença local, através de escritórios de representação ou de empresa de direito local" em quatro países estrangeiros. Está actualmente "a desenvolver projectos" para 11 países.
2. Estratégia
Há sete anos a direcção da empresa sentiu que "era necessário avançar calma, mas firmemente, para o mercado externo". A actuação tem sido feita via "internacionalização, constituindo representações ou empresas, dotadas de capacidade de produção total" e via "exportação, angariando projectos em países não abrangidos pela internacionalização e produzindo esses projectos em Portugal".
3. Crescimento
Nos últimos três anos o crescimento da facturação da empresa duplicou, tendo atingido os seis milhões de euros". Nos primeiros anos a empresa começou com "cerca de sete pessoas" e evoluiu "até chegar aos cerca de setenta colaboradores que hoje emprega no País e no exterior.
4. Futuro
A previsão de crescimento de vendas, mais conservadora, é de 15%, "para cerca de sete milhões de euros". É intenção "criar postos de trabalho nos próximos três anos".
"Quando se aproxima o momento de entrar num determinado mercado, apresentamos imediatamente o nosso "site" na língua falada nesse mercado". O presidente executivo da empresa e hoje accionista único do ateliê explica: "é uma manifestação de respeito pelos mercados onde estamos ou pretendemos operar".
No "site" também podia estar o árabe, já que é na Argélia (onde o francês também é língua oficial) que a Saraiva & Associados tem também um escritório, que realiza 20% da sua "produção" e "deverá continuar a ser o mercado mais importante a seguir a Portugal". Com 15 anos de existência, nascida "num pequeno gabinete na Rua de São Paulo", em Lisboa, a empresa liderada por Miguel Saraiva tem hoje escritórios localizados na Argélia, no Brasil (em parceria com Marcelo Montoro, que detém 40% da "joint-venture"), Guiné Equatorial e agora China (uma aliança em que o empresário Nuno Baptista detém 20%). São estes quatro países que, em 2013, deverão ser responsáveis por um peso de "50% a 60%" das vendas do ateliê de arquitectura. Nessa altura, acredita o CEO da empresa, "o peso de Portugal nas vendas irá baixar para 15% a 25%". Os restantes "15% a 35%" serão realizados então pelos "restantes mercados onde produzimos", avança.
"Nos primeiros oitos anos" de existência "trabalhámos apenas o mercado nacional", mas "há sete anos despertámos para o mercado externo", conta Miguel Saraiva. A empresa "possui actualmente uma posição completamente consolidada no mercado nacional", garante o gestor, acrescentando que o ateliê de arquitectura é "um dos maiores, senão o maior do País".
Com "entidades institucionais, empreiteiros, grandes promotores turísticos e também do imobiliário destinado à habitação, escritórios e serviços" como "clientes-alvo", a Saraiva & Associados prepara-se para crescer, no mínimo 15% em 2011, para vendas de sete milhões de euros. E adicionar empregos.
Perguntas a ...
Miguel Saraiva
CEO da Miguel Saraiva & Associados - Arquitectura e Urbanismo
"Encaramos as parcerias locais como vantagem na nossa integração no país"
Para quantos países fornecem serviços actualmente?
Já "exportámos" serviços para 14 países, estando actualmente a desenvolver projectos apenas para 11.
Em que países têm presença local?
Temos presença local, através de escritório de representação ou de empresa de direito local, na Argélia, Brasil, China e Guiné Equatorial.
Como chegaram a esses destinos?
A nossa presença no exterior deve-se muito ao facto de acompanharmos os nossos clientes nacionais no estrangeiro, fundamentalmente empreiteiros - na área da concepção/construção, das variantes e da promoção directa. O facto das empresas nacionais investirem lá fora, acaba por ser uma janela de oportunidade para nós enquanto projectistas. Outra das formas importantes de chegar ou reforçar a presença em novos destinos, é a constituição de parcerias. Encaramos as parcerias locais como uma vantagem na nossa integração no país, ao nível da língua e, sobretudo, na compreensão e aprendizagem das questões técnico-legais.
Prevêem presença em novos destinos?
O nosso objectivo imediato consiste em prestar serviços na área de influência das nossas actuais representações - da Argélia ao Magrebe, do Brasil à América Latina, de Pequim à restante zona da Ásia - Pacífico e da Guiné Equatorial à África Oeste. Por outro lado, tentaremos fortalecer os laços com os países para onde exportamos.
Quais os principais desafios para os próximos três anos?
O aumento da concorrência e das exigências dos mercados, não só ao nível da arquitectura, como também no que se refere aos problemas da fiscalidade e da circulação de capitais.
Ideias-chave
Aos oito anos iniciais vocacionados para o mercado nacional, o ateliê adicionou outros sete a internacionalizar-se
1. Mercado
Do "futuro Hospital de Loures ao Campos de Justiça no Porto", passando pelo "Quartier El Ryad, em Oran, na Argélia, com uma intervenção de 42 hectares" ao Instituto de Hidrocarboretos em Mongomo, na Guiné Equatorial, o ateliê tem "presença local, através de escritórios de representação ou de empresa de direito local" em quatro países estrangeiros. Está actualmente "a desenvolver projectos" para 11 países.
2. Estratégia
Há sete anos a direcção da empresa sentiu que "era necessário avançar calma, mas firmemente, para o mercado externo". A actuação tem sido feita via "internacionalização, constituindo representações ou empresas, dotadas de capacidade de produção total" e via "exportação, angariando projectos em países não abrangidos pela internacionalização e produzindo esses projectos em Portugal".
3. Crescimento
Nos últimos três anos o crescimento da facturação da empresa duplicou, tendo atingido os seis milhões de euros". Nos primeiros anos a empresa começou com "cerca de sete pessoas" e evoluiu "até chegar aos cerca de setenta colaboradores que hoje emprega no País e no exterior.
4. Futuro
A previsão de crescimento de vendas, mais conservadora, é de 15%, "para cerca de sete milhões de euros". É intenção "criar postos de trabalho nos próximos três anos".