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Novo Banco salva empresa que perdeu os sapatos de CR7

O herdeiro do BES deu o voto decisivo para a aprovação do plano de recuperação da Portugal Footwear, empresa que detinha a licença do negócio da marca de sapatos não desportivos de Cristiano Ronaldo.

Os sapatos não desportivos da marca CR7 Footwear não conseguiram replicar nas lojas o sucesso de Ronaldo em campo.
14 de Janeiro de 2018 às 22:00
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Sete dias antes do último Natal, o Tribunal de Comércio de Guimarães proferiu o despacho de homologação do plano de recuperação da PTFTR (Portugal Footwear), a empresa que detinha a licença de concepção, produção e comercialização da CR Footwear, marca de sapatos não desportivos de Cristiano Ronaldo.

Em sede de Processo Especial de Revitalização (PER), a aprovação do plano de viabilidade da PTFTR recebeu o voto decisivo do Novo Banco, enquanto o Santander votou contra. Se o herdeiro do BES tivesse optado pelo chumbo, o plano não passaria, certo? "É verdade", confirmou Paulo Gonçalves, CEO da empresa, em declarações ao Negócios.

"O plano recebeu cerca de 70% de votos a favor", adiantou o empresário, garantindo que os credores aceitaram que o reembolso dos seus créditos seja efectuado "no prazo de oito anos, após dois anos de carência". Eliminando o efeito dos avales prestados pela família Gonçalves, que empolava a dívida da PTFTR para 6,8 milhões de euros, "a dívida real da empresa ronda os 2,2 milhões de euros", fixou o CEO da companhia de calçado vimaranense.

O que queremos é conseguir voltar rapidamente aos anos pré-CR7, quando, curiosamente, facturávamos mais, sempre acima dos 3,5 milhões de euros. Paulo gonçalves
CEO da PTFTR (Portugal Footwear)


O Novo Banco tem a haver 875 mil euros e o Santander 431 mil, que soma agora mais 245 mil euros de créditos do Popular. Da lista de 158 credores fazem também parte fornecedores como a BGB – Building Global Brands (179 mil euros). A Portugal Footwear também deve à Segurança Social e ao Fisco – 247 mil e 74 mil euros, respectivamente.

Sapatos CR7 foram um fiasco
"Não tendo havido perdão de dívida, [o cumprimento do plano de recuperação] obriga-nos a muito trabalho", constatou Paulo Gonçalves. "Vamos redimensionar a empresa e focar-nos na parte comercial", afirmou, acrescentando que haverá "uma tendência para a redução da produção", que já era pequena, e "a trabalhar em regime de subcontratação".

O efectivo, que ultrapassava as duas dezenas de pessoas, deverá ser reduzido para menos de metade. Quanto a projecção de facturação, o CEO da empresa deixa esta indicação: "O que queremos é conseguir voltar rapidamente aos anos pré-CR7, quando, curiosamente, facturávamos mais, sempre acima dos 3,5 milhões de euros."

Uma declaração que confirma o "flop" de vendas da marca de sapatos não desportivos de Cristiano Ronaldo, que era produzida em meia dúzia de fábricas portuguesas. "Foi" um fiasco para a Portugal Footwear, reconheceu Paulo Gonçalves. "Se tivemos de aderir ao PER, basta somar dois mais dois", rematou.

Sem novidades, o "site" da CR7 Footwear tem apenas para venda sapatos da colecção lançada há mais de um ano.

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