Notícia
“Não se espere a aquisição de outra Horizon”
Nuno Alves, CFO da EDP, diz que a Renováveis poderá fazer apenas pequenas aquisições, uma vez que o seu objectivo passa por cumprir o plano estratégico da companhia. “Não se espere a aquisição de outra Horizon”, adverte.
Nuno Alves, CFO da EDP, diz que a Renováveis poderá fazer apenas pequenas aquisições, uma vez que o seu objectivo passa por cumprir o plano estratégico da companhia. "Não se espere a aquisição de outra Horizon", adverte.
As acções da EDP têm valorizado desde o anúncio, salvo raras excepções...
A EDP vai beneficiar com isto.
Há o risco de as acções da Renováveis roubarem protagonismo à EDP?
Pensámos nisso, mas achamos que não. São coisas diferentes.
Gostariam de ver replicada na EDP Renováveis a estrutura accionista da EDP?
De alguma forma, vai lá estar, já que a EDP vai controlar 75% da Renováveis.
Já têm ideia se algum accionista de referência vai acompanhar a operação?
Não.
Admite uma nova colocação da Renováveis em bolsa?
Não.
E se soubessem o que sabem hoje, que a procura seria a estes níveis, teriam colocado uma fatia maior no mercado?
Não. Há uma lógica para estes 25%: ser suficiente para ter dimensão para a bolsa e não ser mais do que queríamos vender, para mantermos o controlo.
O IPO foi melhor opção do que a colocação directa?
Sim. Esta operação dá, sobretudo, capital próprio que permite alavancar a empresa. Não dá divida.
O encaixe da operação cobre as necessidades de financiamento suficientes para serem a segunda maior empresa do sector em 2012?
O compromisso da EDP com esta operação é que irá financiar o que está nos objectivos, ou seja, a instalação de 1400 MW por ano, nos próximos cinco anos. Além de que não podemos colocar já todos os trunfos em cima da mesa. Temos de surpreender o mercado pela positiva.
Esse crescimento será apenas por via orgânica ou também com mais aquisições?
A acontecer compras, só de coisas pequeninas, nos mercados vizinhos onde já estamos presentes. Não se espere outra Horizon. A prioridade é cumprir o "pipeline".
Vão cotar em Lisboa. E em Nova Iorque, dada a forte presença nos EUA?
Isso já acabou. É caro e gera muitas complicações, com diferentes contabilidades. Será só Lisboa.
E não porquê em Madrid em vez de Lisboa, já que é lá que a empresa está sedeada?
Porque chama-se EDP.
E porquê sedear lá então?
A empresa já lá estava e isso é que faria sentido. Mas isso é indiferente.
Diz-se que a EDP Renováveis será uma das maiores do PSI 20. Em que lugar acha que vai ficar?
Acredito que no segundo dia depois de ser admitida à cotação, vai estar a negociar em terceiro lugar.
É a primeira vez em Portugal que há duas equipas num road-show. Mesmo em termos mundiais é uma operação grande.
Maior IPO do ano na Europa. Deutsche Post Bank está programada, mas ainda não há certeza.