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"Não tomamos decisões como esta de ânimo leve". Microsoft despede em Portugal
A tecnológica norte-americana não confirma nem desmente se são 112 os trabalhadores afetados no país, conforme noticiou o Observador. Mas garante que está "a trabalhar de forma próxima com os colaboradores impactados".
A Microsoft Portugal revelou esta segunda-feira que vai avançar com uma reestruturação interna que implica despedimentos. “Comunicámos hoje aos nossos colaboradores que iniciámos um processo de despedimento coletivo”, confirmou ao Negócios a empresa, embora não clarificando se estão em causa 112 trabalhadores, como noticiou o Observador.
A tecnológica sublinha que todo este processo está a ser bem ponderado. “Não tomamos decisões como esta de ânimo leve”, garantiu a empresa numa curta resposta enviada ao Negócios, ressalvando ainda que “Portugal continua a ser a segunda maior subsidiária da região da Europa Ocidental”.
Num estudo divulgado em abril sobre o impacto da Microsoft em Portugal, a consultora EY concluiu que o número de trabalhadores da tecnológica ascendia a 1.529 no final de junho do ano passado, o que correspondia a um crescimento de quase três vezes (265%) desde 2017, quando tinha 418 pessoas nos seus quadros.
A Microsoft Portugal, que é liderada por Andrés Ortolá, considera que “ajustes organizacionais são uma parte regular, necessária” no negócio da empresa e que continuará “a priorizar e investir em áreas estratégicas de crescimento” para o futuro, “dando suporte e apoio” aos seus clientes e parceiros.
“Estamos a trabalhar de forma próxima com os colaboradores impactados para garantir que são tratados com respeito e têm todo o nosso apoio durante estas transições”, acrescenta a tecnológica na mesma nota.
Estes cortes surgem num contexto de reestruturação a nível global. A tecnológica anunciou a 18 de janeiro que iria avançar para o despedimento de cerca de 10 mil trabalhadores até o final de março, ou seja, 5% de todos os recursos humanos da empresa, que ascendiam a mais de 220 mil.
A presidente executiva da multinacional, Satya Nadella, ressalvou então que, ao mesmo tempo, iriam “continuar a contratar para áreas estratégicas”.