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Multimilionário Warren Buffett teve prejuízo bilionário no final de 2018

O fundo Berkshire Hathaway, que é controlado por um dos homens mais ricos do mundo, perdeu 22,4 mil milhões de euros no quarto trimestre do ano passado, devido sobretudo ao tombo do valor das ações da Kraft Heinz.

Bloomberg
Rui Neves ruineves@negocios.pt 23 de Fevereiro de 2019 às 16:22

O ano de 2018 foi um dos piores para Warren Buffett, um dos investidores mais reputados nos mercados financeiros. O seu conglomerado Berkshire Hathaway registou um prejuízo de 25,4 mil milhões de dólares (22,4 mil milhões de euros) no quarto trimestre do ano passado.

Um resultado bastante negativo que foi sobretudo provocado pela queda abrupta do valor das ações da Kraft Heinz, a fabricante de uma variada gama de alimentos processados, com algumas marcas icónicas, que afundou 27,46% na bolsa esta sexta-feira, 22 de fevereiro.  

A Kraft Heinz é controlada pela Berkshire Hathaway e pela firma de capital de risco brasileira 3G Capital.

 

Já o resultado operacional da Berkshire Hathaway neste período foi positivo em 5,7 mil milhões de dólares (cinco mil milhões de euros), contra 3,3 mil milhões (2,9 mil milhões de euros) um ano antes. Os ganhos vieram essencialmente com os investimentos em rodovias e no setor da energia.

 

No acumulado de 2018, o lucro operacional da companhia atingiu os 24,8 mil milhões de euros (21,8 mil milhões de euros), um recorde, de acordo com a sempre esperada carta de Buffett aos acionistas e investidores, apresentada este sábado, 23 de fevereiro.

 

Em termos globais, os lucros da Berkshire Hathaway em 2018 registou um tombo gigantesco para quatro mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros), contra 44,94 mil milhões de dólares (39,6 mil milhões de euros) no ano anterior.

 

Recorde-se que o lucro obtido em 2017 ficou muito a dever-se ao impacto positivo da reforma fiscal de Trump, que reduziu de forma substancial a fatura das empresas norte-americanas com o pagamento de impostos.

Toda a atenção nos ganhos operacionais

 

Na sua carta anual, aquele que é um dos homens mais ricos do mundo admitiu que está à procura de "uma aquisição gigantesca", mas não está muito otimista na sua concretização, ressalvando que as perspetivas de conseguir realizar um grande negócio para a Berkshire "não são boas", porquanto "os preços estão altos para negócios que possuem boas perspetivas de longo prazo".

 

Buffett costumava incentivar os investidores a olhar para o desempenho contabilístico do fundo, mas agora passou a considerar mais relevante o valor de mercado.

 

Principal conselho deixado pelo "Oráculo de Omaha" na sua carta deste ano: "Concentre-se nos ganhos operacionais."

 

De resto, ainda não foi desta que o investidor, de 88 anos, deixou alguma pista sobre quem deverá ser o seu sucessor como presidente executivo do fundo.

 

Contudo, elogiou Ajit Jain e Greg Abel, que foram promovidos a vice-presidente no início do ano passado, reconhecendo que já o deveria ter feito antes.

 

"A Berkshire é muito mais bem administrada agora do que quando eu supervisionava sozinho as operações", escreveu Buffett na sua carta aos acionistas.


(Notícia atualizada às 16:48)

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