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Buffett reforça na banca e reduz aposta na Apple

Buffett tem agora participações relevantes em quatro dos cinco maiores bancos norte-americanos.

Bloomberg
Nuno Carregueiro nc@negocios.pt 15 de Fevereiro de 2019 às 12:48

Warren Buffett é um dos investidores mais reputados nos mercados financeiros e os seus investimentos são sempre olhados com redobrada atenção, pois são muitos os que seguem as apostas do "Oráculo de Omaha".

 

Soube-se esta quinta-feira quais foram as principais movimentações da carteira de ações da Berkshire Hathaway no quarto trimestre, período marcado por desvalorizações acentuadas nas bolsas a nível global. O setor financeiro foi dos mais castigados, levando Buffett a apostar precisamente neste segmento. Em contrapartida, reduziu a aposta na Apple, que ainda assim continua a ser a cotada com maior peso na carteira de investimentos de Buffett.

 

A Berkshire chegou ao final de 2018 com 249,6 milhões de ações da Apple, que na altura estavam avaliadas em 39,4 mil milhões de dólares. A fabricante do iPhone desvalorizou em bolsa durante o quarto trimestre, mas a decisão de Buffett em baixar a posição revelou-se certeira, pois logo no arranque de 2019 a Apple emitiu um "profit warning" (o primeiro desde 2002) que levou as ações a afundarem cerca de 10% numa só sessão. Ainda assim os títulos conseguiram recuperar depois e já apresentam um saldo positivo no ano.

 

Buffett é conhecido por gostar de tirar partido de períodos de turbulência nos mercados financeiros, investindo nas cotadas que sofrem quedas mais violentas sem razões específicas.  

 

Resta saber se Buffett aproveitou a forte queda das ações no início de 2019 para voltar a aumentar a posição na Apple. Foi pelo menos esta a estratégia que o investidor seguiu na banca no quarto trimestre.

 

O setor financeiro foi dos mais penalizados durante os vários dias de "sell off" no quarto trimestre (o S&P500 Financials desvalorizou 14% no quarto trimestre, o pior desempenho em sete anos), levando a Berkshire a reforçar a posição em vários bancos. Passou a deter mais de 50 milhões de ações do JPMorgan, contra 35,7 milhões no final do terceiro trimestre.

 

Buffett também reforçou a posição no Bank of America e, de acordo com a Bloomberg, tem agora participações relevantes em quatro dos cinco maiores bancos norte-americanos. Além disso, Buffett também comprou ações de bancos regionais norte-americanos, como o PNC Financial Services e o US Bancorp. 

 

Além da Apple, a Berkshire fez mais alterações relevantes na sua carteira de ações tecnológicas. Saiu do capital da Oracle e reforçou na Red Hat para 4,2 milhões de ações. Os títulos desta tecnológica dispararam 45% no final do ano depois de ter sido comprara pela IBM, mas não é certo se o investimento de Buffett foi feito antes ou depois desta operação.

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