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Movimento de Utentes do Porto pede suspensão de encerramento de balcões dos CTT

O Movimento de Utentes dos Serviços Público (MUSP) do Porto defendeu hoje a suspensão do encerramento de estações dos CTT, nomeadamente dos cinco postos do distrito com fecho anunciado, porque todos eles são "fundamentais".

Bruno Simão
04 de Janeiro de 2018 às 11:32
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"Este é o momento ideal para travar este processo, invertendo a sua marcha, tal como foi feito relativamente às empresas de transportes, pois caso estas empresas não tivessem voltado à esfera pública, teríamos tido, com toda a certeza, um tratamento idêntico ao caminho que está previsto para os CTT", escreve o MUSP do distrito do Porto, em comunicado.

 

De acordo com o movimento, na região do Porto estão previstos "cinco encerramentos, todos fundamentais": na Praça da Galiza e na Asprela, no concelho do Porto, na Areosa, Rio Tinto, concelho de Gondomar, em Freamunde, concelho de Paços de Ferreira e nas Termas de S. Vicente, concelho de Penafiel.

 

"Não podemos aceitar o encerramento de nenhum deles, pois cada um é importante na respectiva localidade", afirma o MUSP.

 

Para este movimento, "o encerramento de estações dos CTT, tem que ser travado" e não se pode permitir "o desmantelamento de uma empresa que tem um papel histórico no país e constitui um serviço público essencial e de proximidade para as populações".

 

O MUSP considera "o anúncio do encerramento de mais de duas dezenas de postos dos CTT" como "mais uma machadada nos serviços públicos essenciais, que representam uma mais-valia para muitas camadas da população portuguesa em todas as regiões do país".

 

"O agora anunciado encerramento de postos de atendimento, a ser concretizado, representa uma autêntica amputação num serviço que está presente no dia-a-dia dos portugueses, nomeadamente dos idosos e reformados, que deixarão assim de usufruir de um serviço essencial de proximidade", critica o movimento.

 

O MUSP acrescenta que estas informações têm "sido referido por muitos utentes, que já se queixam de não aparecerem as cartas para pagar a luz" e que "irão desesperar pela chegada das suas parcas reformas e ainda suportarão despesas acrescidas com deslocações para receber a sua pensão".

 

De acordo com o movimento, este fecho anunciado "não é uma surpresa, já que a redução e precariedade de trabalhadores/carteiros, têm contribuído para a diminuição da qualidade na distribuição postal, tal como o facto de deixar cair o serviço postal, por ser menos lucrativo".

 

"Atitudes desta natureza tinham como único objectivo o seu desmantelamento, como agora está a acontecer, depois do anunciado encerramento de vários postos de atendimento. Agora estas, depois serão outras, se os utentes e o Governo assim o permitir", alertam.

 

Segundo o MUSP, "a vontade de privatização a qualquer preço tem vindo a ser seguida desde à muitos anos, por sucessivos governos, com especial relevância para o anterior".

 

"Naturalmente que os CTT já tinham destino marcado no memorando da troika. No entanto podia e devia ter sido travado ou revertido, como aconteceu com os transportes públicos de passageiros", defendem.

 

Os CTT confirmaram a 02 de Janeiro o fecho de 22 lojas no âmbito do plano de reestruturação, que, segundo a Comissão de Trabalhadores dos Correios de Portugal, vai afectar 53 postos de trabalho.

 

A empresa referiu que o encerramento de 22 lojas situadas de norte a sul do país e nas ilhas "não coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso nas zonas respectivas que dão total garantia na resposta às necessidades face à procura existente".

 

Em causa estão os seguintes balcões: Junqueira (concelho de Lisboa), Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente (Penafiel), Socorro (Lisboa), Riba de Ave (Vila Nova de Famalicão), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde (Paços de Ferreira), Filipa de Lencastre (Sintra), Olaias (Lisboa), Camarate (Loures), Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Gondomar), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede (Abrantes), Aldeia de Paio Pires (Seixal) e Arco da Calheta (Calheta, na Madeira).

 

A decisão de encerramento motivou já críticas de autarquias e utentes.

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