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Montenegro diz que avança para novo aeroporto mesmo sem consenso com PS. E deixa fortes críticas à ANA

O objetivo de Luís Montenegro é chegar a consenso com o PS sobre a nova localização do aeroporto, mas avançará à mesma sem acordo. O presidente do PSD deixou ainda várias críticas à ANA.

Sérgio Lemos
Sara Ribeiro sararibeiro@negocios.pt 20 de Fevereiro de 2024 às 15:34
Luís Montenegro garante que o novo aeroporto é uma das prioridades da Aliança Democrática (AD). E garante que avança com uma decisão mesmo sem consenso com o PS. 

Num almoço-debate promovido pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP) o presidente do PSD explicou que assim que tiver na sua posse o relatório final sobre a nova localização do aeroporto, irá analisá-lo e o "objetivo é chegar a consenso com o PS, mas avançaremos mesmo sem consenso", apontou.

Luís Montenegro relembrou que foi graças ao PSD que foram definidos critérios para avançar com a nova avaliação que está ser ultimada pela Comissão Técnica Independente (CTI), que deverá entregar o relatório final a 11 de março tendo o mesmo que ser validado pela Comissão de Acompanhamento até 22 do mesmo mês. Uma situação despoletada após a aprovação por Pedro Nuno Santos, então ministro das Infraestruturas, de uma decisão para a nova localização sem o OK de António Costa e também da oposição. A decisão passava por avançar para Montijo a curto prazo, mas também Alcochete a longo prazo. 

"Foi uma decisão imatura e irresponsável de Pedro Nuno Santos que depois lhe mereceu desautorização em público e suprema humilhação", acusou. 


O líder do PSD sublinhou ainda que também foi graças ao acordo assinado pelo PS que então ficou decidido a necessidade de fazer obras na Portela, as quais ainda não avançaram.


"A verdade é que o Governo, e em particular o PS,  foram complacentes com a ANA e com as responsabilidades contratuais da ANA"
, disse. E as críticas não ficaram por aqui. 


"Não tiveram coragem de enfrentar uma concessionária que tem obrigação de fazer as obras, de exigir ao operador que tira partido de uma das gestões mais rentáveis da Europa em termos aeroportuários. A ANA está em falta. E o Governo está em falta com o país porque não obrigou a ANA a fazer o que lhe competia", atirou.


Montenegro aproveitou ainda para clarificar que apesar de José Luís Arnaut, um nome com fortes ligações ao PSD tendo sido mesmo ex-dirigente do partido, ser chairman da ANA não irá influenciar qualquer decisão. "A mim não me interessa nada, nem fala comigo", comentou.


Em jeito de conclusão, reforçou ainda: "Vamos ter decisão" sobre o novo aeroporto. "Mas só vamos ter decisão porque estivemos ao lado do país para haver uma metodologia para a decisão e para obras no Humberto Delgado serem feitas de modo a amenizar o cartão de visita que temos quando os turistas chegam".


Sobre a TAP,  voltou a destacar que são "favoráveis à privatização de 100%" desde que no caderno de encargos se "salvaguarde o interesse de manutenção de um hub em Lisboa e daquilo que são  os critérios estratégicos para o país". "Os processos que tivemos nos últimos 8 anos são uma tragédia e um crime económico", disse referindo-se à reversão da privatização ganha pelo consórcio de David Neeleman e Humberto Pedroso, e à nacionalização da totalidade do capital no seguimento da injeção de 3,2 mil milhões de euros no âmbito da reestruturação acordada com Bruxelas.


(Notícia atualizada às 16h51)
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