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Monteiro de Barros sai da PT, accionista do grupo BES reforça

Patrick Monteiro de Barros vende toda a sua participação na Portugal Telecom, apurou o Jornal de Negócios. A venda é coordenada com o Grupo Espírito Santo, cujo accionista Ongoing Strategy ultrapassa os 2% da operadora.

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(Actualiza com informação sobre a Ongoing Strategy)

Patrick Monteiro de Barros vende toda a sua participação na Portugal Telecom, apurou o Jornal de Negócios. A venda é coordenada com o Grupo Espírito Santo, cujo accionista Ongoing Strategy ultrapassa os 2% da operadora.

Patrick era o maior accionista individual da PT e, depois de esta semana ter reduzido a sua posição (o que levou o seu representante na administração da operadora, Henrique Chaves, a abandonar a equipa presidida por Henrique Granadeiro), desfaz-se de todas as suas acções.

A Ongoing ultrapassou ontem o limiar dos 2% do capital da PT, através da compra de 40 mil acções da Telecom, passando a deter 22,6 milhões de acções.

A Ongoing Strategy é accionista do Espírito Santo Financial Group (ESFG), «holding» que por sua vez controla o Banco Espírito Santo. O BES, recorde-se, é o terceiro maior accionista da PT e considera a OPA lançada pela Sonaecom como uma operação hostil e que propõe um preço baixo.

Segundo informação comunicado ao mercado em Fevereiro, a Ongoing Strategy é detida em 99,99% por Isabel Maria Alves Rocha dos Santos.

A 2 de Fevereiro, a Ongoing Strategy comprou 100.000 acções da ESFG, passando a controlar 2,01% do capital. A Ongoing Strategy é gerida por Nuno Vasconcellos, que também chegou a ser accionista da Controljornal e da Impresa.

Em declarações à Reuters, Nuno Vasconcellos justifica a decisão de investir na PT com a convicção de que a empresa tem potencial de crescimento. O investimento totalizou 220 milhões de euros.

Contactado, Patrick Monteiro de Barros não quis fazer comentários. O Jornal de Negócios sabe que a saída do empresário da PT não é uma desagregação do núcleo duro que está contra a oferta pública de aquisição lançada pela Sonaecom, mas antes um arranjo accionista que visa fortalecer uma estratégia antagonista à OPA.

O BES controla mais de 8% do capital da Portugal Telecom e a Ongoing Strategy acima dos 2%, o que resulta numa participação conjunta superior à da Telefónica, que é a maior accionista da operadora.

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