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Mexia: "Os salários privados são ditados pelos accionistas"
O presidente executivo da EDP, António Mexia, comentou o cenário de uma pressão da troika para a redução de salários em alguns sectores, como a energia, afirmando que "os salários privados são ditados pelos accionistas e pelo normal funcionamento da concorrência".
Na conferência promovida em Lisboa pelo Dinheiro Vivo, António Mexia sublinhou que "esta questão dos salários privados diz respeito às companhias e aos accionistas", admitindo, todavia, que a discussão sobre a concorrência de alguns sectores "é normal".
Na mesma conferência o CEO da EDP notou que em Portugal "tem que haver visibilidade sobre a redução da carga fiscal e do peso do Estado na economia". "Tem de haver uma diminuição da carga fiscal", enfatizou o gestor.
Em relação à contribuição extraordinária sobre o sector energético, Mexia admitiu como "compreensível" a sua aplicação desde que tenha um carácter temporário. O CEO da EDP reiterou que o custo da contribuição, no caso da EDP, será "suportado pelos accionistas".
Na conferência de aniversário do Dinheiro Vivo António Mexia disse ainda não ver razões para a contribuição se restringir ao sector da energia, lembrando que a EDP já é um dos maiores contribuintes de IRC do país. "A EDP é indiscutivelmente um dos motores da economia", frisou.