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Medidas do Novo Banco não afectam relação com clientes
O Novo Banco vai ter de implementar iniciativas como a venda da seguradora para reforçar o capital. E vai implementar medidas estratégicas. O banco sublinha que os clientes e outros "stakeholders" não serão afectados.
O Novo Banco assegura que as medidas que vai ter de tomar, para compensar o facto de ter chumbado nos testes de stress do Banco Central Europeu, não vão afectar as relações com os seus clientes.
"É entendimento do Novo Banco que tais medidas se integrarão, com plena normalidade e sem perturbações, no relacionamento com os diversos ‘stakeholders’ do Novo Banco, nomeadamente depositantes e demais clientes", assinala um comunicado enviado pela instituição financeira no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O comunicado foi publicado depois de divulgado que a instituição financeira chumbou nos testes de stress do Banco Central Europeu, com necessidades de capital de 1.398 milhões de euros em 2017, caso se concretizassem as condições difíceis inscritas no cenário adverso. Para colmatar tais necessidades, o banco tem de implementar medidas.
Neste momento, o banco tem pela frente dois planos a escrever e a concretizar. Um deles é o de reorganização estratégica das actividades, que passa por uma reestruturação e saída de áreas de actividade que não são centrais. O outro é o plano de capital que permite reforçar os seus fundos próprios.
No seu comunicado, o banco liderado por Eduardo Stock da Cunha repete as medidas já enunciadas pelo Banco de Portugal para serem tomadas no "curto prazo" no campo de reforço do capital: a alienação da participação na seguradora GNB Vida e a venda "a investidores de outras participações consideradas como não estratégicas para a actividade do Novo Banco". Estes são passos já negociados com o regulador e com o Fundo de Resolução da banca, o accionista único do Novo Banco.
Na parte estratégica, o banco indica que já "iniciou os trabalhos inerentes à elaboração do plano de reorganização estratégica, que deverá ser debatido no âmbito da articulação existente com o BCE e com a Comissão Europeia". Contudo, só no arranque do próximo ano é que se deverão sentir os efeitos: "estima-se que este plano venha a estar concluído nas próximas semanas, materializando-se os respectivos resultados, de forma progressiva, a partir de 2016".
No comunicado, a instituição conclui dizendo que "continua a contar com o compromisso assumido pelo Banco de Portugal (na qualidade de Autoridade de Resolução) e pelo Fundo de Resolução (como seu accionista único) para que sejam asseguradas as medidas que permitam, atempadamente, reunir os requisitos de capital e aprofundar os progressos já conseguidos".
(Notícia actualizada com mais informação, e pela última vez, às 11h55)