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Margrethe Vestager forçada a reavaliar fusão entre Siemens e Alstom

As duas empresas entregaram um novo plano, numa tentativa de conseguirem luz verde da Autoridade da Concorrência antes do final do prazo.

# Porque Sobe - Margrethe Vestager já deu provas de que não cede a pressões, nem tem medo de fazer frente a gigantes. Prova disso, foi a multa milionária que passou à Google por infringir as regras de concorrência no Velho Continente. E já deixou o aviso de que não vai dar tréguas a ninguém que passe a sua linha vermelha. Enquanto na Europa a Comissária vai ganhando cada vez mais apoios e adeptos, do outro lado do Atlântico é um dos nomes mais temidos, principalmente em Silicon Valley.
Stephanie Lecocq/EPA
29 de Janeiro de 2019 às 07:51
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Margrethe Vestager, a comissária europeia para a Concorrência, foi forçada a reavaliar a possibilidade de uma fusão entre a Siemens e a Alstom, depois de as duas empresas terem revisto os planos numa tentativa de conseguirem o "ok" de Bruxelas.

 

Os planos revistos foram entregues na sexta-feira, numa tentativa de acalmarem os receios de Vestager quanto ao impacto desta fusão na concorrência. Porém, fontes próximas do processo, citadas pelo Financial Times, afirmam que as revisões devem ficar aquém daquilo que foi pedido pela comissária.

 

Antes de estes planos terem sido apresentados, Vestager preparava-se para bloquear o negócio. De acordo com uma fonte próxima, os últimos esforços entre a Siemens e a Alstom para obterem o "ok" das autoridades da Concorrência não têm sido suficientes.

 

Agora, com as alterações de última hora, a comissária não terá tempo para rever o acordo com empresas concorrentes, reguladores e clientes, o que significa que terá de ser a responsável e a sua equipa a tomar esta decisão. Algo que deve acontecer ainda esta semana, segundo o Financial Times.

 

Vestager irá depois discutir as suas conclusões com as 28 autoridades nacionais antes do final do mês. A comissária tem de anunciar a decisão sobre a fusão das empresas antes de 18 de fevereiro.


Foi em setembro de 2017 que as duas empresas anunciaram ter chegado a acordo para a fusão das suas respetivas atividades ferroviárias. No âmbito deste acordo, a Siemens transferirá o fabrico das suas carruagens de comboios e metro de superfície e equipamento de sinalização para a Alstom, em troca de uma participação de 50% na nova empresa resultante da fusão, como avançou, à data, a Bloomberg.

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