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Mais de metade dos trabalhadores já perdeu dinheiro com despesas laborais

A perda de recibos ou a documentação necessária para fazer o pedido de despesas já custou dinheiro a 50,5% dos trabalhadores europeus. 19,3% admite fazer compras para o trabalho com recurso ao seu próprio dinheiro uma vez por semana.

Governo garante que não vai cortar subsídio de refeição.
Getty Images
25 de Agosto de 2022 às 09:00
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Mais de metade dos trabalhadores (50,5%) na Europa já chegaram a não ser reembolsados por despesas laborais por terem perdido o recibo ou a documentação necessária para fazer o pedido de despesas. As conclusões constam de um estudo sobre gestão de despesas empresariais levado a cabo pela Pleo, "fintech" dinamarquesa, que entrevistou mais de seis mil trabalhadores europeus. 

Destes, 19,3% admitiu fazer compras para o trabalho com recurso ao seu próprio orçamento uma vez por semana, enquanto 17,6% disseram fazê-lo uma vez por mês e 16,7% uma vez a cada duas semanas. 


"36,7% admite que perde 30 a 60 euros por ano por não entregar recibos de despesas com compras feitas para o trabalho, enquanto 25,6% considera que perde 60 a 120 euros e 13,6% dos trabalhadores respondeu que perde 120 a 300 euros todos os anos", aponta a startup dinamarquesa, que fornece uma solução simplificada para a gestão de despesas empresariais.

O tempo de espera desde a entrega de despesas feitas até ao reembolso varia entre dois a seis dias para grande parte dos trabalhadores europeus (24,6%). Contudo, 27,8% dos entrevistados já chegou a ter de esperar um mês.

Além dos constrangimentos financeiros, o estudo em causa aponta que este é também um processo "demorado". Em média, os trabalhadores europeus gastam entre 30 a 59 minutos mensalmente (38,7%) para organizarem as duas despesas, sendo que 37,8% executam essa gestão durante as horas de trabalho.

"Embora a maioria dos trabalhadores europeus considere os recibos como algo importante e que grande parte admita que não existe um valor mínimo que os impeça de qualificar como despesa de trabalho, os inquiridos salientam que algumas vezes evitaram gastar dinheiro com algo com medo de ser percecionado como uma despesa muito pequena. Além disso, ao fazerem compras para o trabalho também ficaram algumas vezes preocupados que depois não conseguissem recuperar o seu dinheiro", revela o inquérito da startup dinamarquesa.

Sobre o que é considerado despesa, os trabalhadores revelaram sentir-se mais confortáveis em declará-lo no caso de viagens de trabalho, alojamento para viagens de trabalho e material de escritório. "Em sentido inverso, encomendar comida quando ficam a trabalhar até mais tarde e as contas da eletricidade e da internet são as compras com as quais não se sentem à vontade para reivindicar como despesas", detalha.


Álvaro Dexeus, responsável pela operação da empresa no Sul da Europa, acredita que estes dados denotam o "importante caminho a ser feito na simplificação da gestão de despesas empresarias por todo o mundo, incluindo Portugal". 

"Chegamos com um objetivo ambicioso e queremos ser o parceiro de excelência das empresas portuguesas na libertação dos seus departamentos financeiros das burocracias associadas à gestão de despesas, e na libertação dos colaboradores do compromisso em avançarem com o seu próprio dinheiro em despesas de trabalho", acrescenta o responsável.

A Pleo entrou em Portugal em julho, com o objetivo de ajudar as empresas a diminuir os processos manuais e a apostaram na digitalização. "Chegar a Portugal é um passo-chave na nossa estratégia de expansão. Vemos um enorme potencial de crescimento uma vez que, atualmente, a gestão de despesas é uma das tarefas que consome mais tempo e recursos nas empresas portuguesas", explicou Álvaro Dexeus, na altura.

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