A Lusomundo, empresa de media do Grupo Portugal Telecom (PT), não está interessada em participar em movimentos de concentração no sector, ao contrário de outros concorrentes, disse ao Negocios.pt, Luís Ribeiro, presidente da companhia.

O presidente da Lusomundo, que detém activos como o «Diário de Notícias», afirmou que a sua empresa não está a desenvolver negociações visando parcerias ou outros movimentos de concentração, sublinhando que esse «foi assunto que nunca se discutiu».

Questionado pelo Negocios.pt sobre se a Lusomundo teria disponibilidade para encetar negociações com outras empresas de media, Luís Ribeiro respondeu «neste momento, de todo», afastando essa possibilidade.

O presidente da Media Capital, Paes do Amaral, disse recentemente ao Negocios.pt que «estamos obviamente abertos a operações de concentração» com outros grupos de media, como a «Cofina, Sonae ou Lusomundo».

Estas declarações surgiram depois de Paulo Fernandes, presidente da Cofina [COFI], ter afirmado que tem interesse em formalizar uma aliança ou um processo de concentração com um grupo de media que detenha uma estação televisiva entre os seus activos.

«Se os nossos concorrentes pensam assim, têm todo o direito» a isso, afirmou ao Negocios.pt Luís Ribeiro, à margem do congresso «2001: Odisseia nas Comunicações», organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), acrescentando ter a convicção de que «as concentrações acabarão por ter de acontecer» no sector de media em Portugal.

As acções da PT Multimédia [PTM], que controla a Lusomundo, seguiam a subir 2,79% para os 7,75 euros (1.554 escudos).