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Lucros da Media Capital sobem 9% para 21,6 milhões de euros
A empresa que controla a TVI e a Comercial fechou o ano passado com um aumento dos resultados positivos de quase dois dígitos, em termos homólogos. O grupo destaca a subida nas receitas de publicidade e a liderança na televisão e rádio.
A Media Capital, que controla a TVI, a Rádio Comercial ou a produtora audiovisual Plural, fechou o ano de 2018 com lucros de 21,6 milhões de euros, o que representa uma subida de 9% face ao resultado líquido de 19,8 milhões de euros que tinha sido registado no ano anterior.
Em comunicado enviado esta segunda-feira, 25 de fevereiro, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Media Capital detalha que os rendimentos operacionais subiram 2% para 181,8 milhões de euros, enquanto os gastos operacionais aumentaram 3% para 141,6 milhões de euros.
O grupo destaca uma subida de 3% nos valores obtidos com publicidade que, em termos percentuais, foi superior na rádio do que televisão. No entanto, foi no segmento que inclui a área do digital, música e eventos, assim como a "holding" e os serviços partilhados, que o crescimento destes rendimentos foi mais expressivo (19%).
Já o endividamento líquido situou-se nos 85,7 milhões de euros no final de dezembro de 2018, registando um decréscimo de 9,6 milhões face ao período homólogo, "não obstante a distribuição de dividendos de 18,6 milhões que teve lugar no terceiro trimestre de 2018", completa a Média Capital, frisando que "mantém assim uma confortável estrutura de capital".
TVI e Comercial em destaque
O conjunto dos canais de televisão do grupo (TVI, TVI24, TVI Ficção e TVI Reality) liderou em 2018 com uma quota de audiência de 22,9% no total do dia e de 26% no horário nobre, o período que vai das 20h às 24h. Para isso contribuiu sobretudo o canal generalista, que em dezembro chegou aos 149 meses consecutivos de liderança, uma posição que ocupa desde 2005.
Em termos comerciais, o destaque vai para a posição cimeira no "target" dos adultos (acima dos 15 anos de idade), em que reclama uma distância de 3,6 e de 7,9 pontos percentuais para os concorrentes mais próximos, a SIC e a RTP, respetivamente. No "slot" horário da noite, o mais apetecível para a venda de publicidade, reclama a liderança desde 2001, tendo fechado o ano com uma quota de 23,6%.
Se a televisão registou um EBITDA de 30,3 milhões de euros, na rádio (Comercial, M80, Smooth, Vodafone e Cidade FM) este indicador ascendeu a 7,4 milhões de euros, após uma subida homóloga de 14%. Também neste segmento, a Média Capital reclama a liderança com um share de 37,1% na média das medições de 2018: "o mais elevado de sempre" depois do sétimo aumento consecutivo.
"Durante o ano que passou, a Rádio Comercial obteve o maior número de ouvintes de sempre (mais de 1,5 milhões de pessoas, na terceira vaga de audiências), enquanto a M80 cimentou a sua posição de terceira rádio mais ouvida em Portugal", não obstante não possuir uma rede de cobertura nacional, lê-se no documento enviado esta manhã à CMVM.
(Notícia atualizada às 8:54 com mais informações)