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Abertura dos mercados: Bolsas europeias em máximos de quase cinco meses. Juros italianos afundam

As bolsas europeias estão a beneficiar do otimismo à volta da disputa comercial entre os EUA e a China. Já os juros italianos colhem os benefícios de a Fitch não ter cortado o rating de Itália.

Reuters
25 de Fevereiro de 2019 às 09:31
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Mercados em números
PSI-20 sobe 0,3% para os 5.167,86 pontos
Stoxx600 valoriza 0,33% para os 372,47 pontos
Nikkei subiu 0,48% para 21.528,23 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal desce 0,2 pontos base para os 1,484%
Euro valoriza 0,08% para os 1,1345 dólares
Petróleo desce 0,34% para 66,89 dólares por barril em Londres

Bolsas europeias em máximos de quase cinco meses
As bolsas europeias arrancaram em alta esta segunda-feira, 25 de fevereiro, beneficiando do otimismo à volta do acordo comercial entre os EUA e a China. O presidente norte-americano decidiu prolongar o prazo das tréguas entre os dois países para lá de 1 de março, o que está a aumentar a expectativa de que a disputa vai resolver-se em breve.

A notícia levou a bolsa chinesa a registar a maior valorização diária em três anos. Esta subida é "justificada pelos avanços das negociações entre a China e os EUA assim como pela expetativa que o banco central [da China] possa introduzir medidas de cariz monetário para estimular a economia", explicavam os analistas do BPI no comentário de bolsa.  

O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está a ganhar 0,33% para os 372,47 pontos, negociando em máximos de quase cinco meses (10 de outubro). Todos os setores estão em alta, incluindo os mais sensíveis à disputa comercial como é o caso do setor automóvel. 

Além das negociações comerciais, a atenção vai para o Brexit. Por um lado, foi noticiado que a União Europeia poderá prolongar o prazo de saída para 2021. Por outro lado, a primeira-ministra, Theresa May, insistirá com um voto no Parlamento britânico a 12 de março. Até lá tentará renegociar o acordo atual que firmou com Bruxelas. 

Já os mercados italianos estão a reagir à decisão de sexta-feira da Fitch que não reviu em baixa a notação financeira do país, após se ter criado a expectativa de que tal poderia acontecer. As cotadas italianas valorizam, principalmente os bancos, como é o caso do BPM que sobe mais de 2,5% ou do UniCredit com uma subida de 1,8%.

As principais praças europeias também seguem em alta, como é o caso do PSI-20 que sobe 0,3% para os 5.167,86 pontos. As valorizações do BCP - que apresentou resultados na semana passada - e da Jerónimo Martins estão a sustentar a bolsa nacional. Em queda está a EDP Renováveis.

Juros italianos afundam. Juros portugueses renovam mínimos históricos
O Governo italiano pode respirar de alívio, pelo menos para já. A Fitch decidiu manter o rating do país inalterado, afastando a possibilidade de a notação financeira do país ser classificada como "lixo" (investimento especulativo). Os juros a dez anos da dívida italiana estão a aliviar 8,3 pontos base para os 2,764%, negociando em mínimos de quase uma semana. 

Apesar de não ter cortado o rating de Itália, a Fitch alertou para o facto de a dívida pública continuar em níveis "extremamente elevados" e de não haver consolidação estrutural.  

Também com um bom desempenho estão os juros portugueses a dez anos que voltam a cair (0,2 pontos base) para os 1,484%, um novo mínimo histórico. 

Volatilidade da libra em máximos de cinco meses
A crescente incerteza à volta da forma como o Reino Unido deverá no final do próximo mês sair da União Europeia continua a pressionar a libra. Segundo a Bloomberg, a volatilidade da libra está em máximos de cinco meses. 

O euro segue a valorizar 0,08% para os 1,1345 dólares num dia em que a divisa norte-americana está a ceder no índice da Bloomberg. 

Petróleo desce ligeiramente
O petróleo está a desvalorizar tanto em Nova Iorque como em Londres, apesar das notícias positivas na frente comercial. O WTI, negociado em Nova Iorque, desvaloriza 0,28% para os 57,10 dólares. Já o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, desce 0,34% para os 66,89 dólares. 

Os dados divulgados na semana passada referiam que os EUA reduziram o número de plataformas de petróleo em funcionamento pela primeira vez em três semanas. Apesar disso, a produção norte-americana de crude aumentou para um nível recorde de 12 milhões de barris por dia na semana terminada a 15 de fevereiro. A agência dos EUA responsável pela energia antecipa que a produção média será de 12,4 milhões de barris em 2019 e 13,2 milhões em 2020. 

Contudo, se os cortes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) forem cumpridos (ou até ultrapassados), o Goldman Sachs antevê que o barril possa cotar entre os 70 a 75 dólares este ano. Porém, o banco de investimento admite que essa escalada pode ser efémera. 

Platina em máximos de três meses
A platina está a negociar em máximos de três meses. Tal deve-se ao "rally" da cotação do paládio, o que faz aumentar a especulação de que as fabricantes de carros terão de alternar entre os dois metais para baixar os custos. Ambos os metais são usados nos dispositivos de controlo de emissões poluentes dos veículos.

A platina está a valorizar 0,8% para os 848,51 dólares - atingindo máximos de novembro de 2018 - ao passo que o paládio soma 1,57% para os 1.523,37 dólares, renovando máximos históricos. 
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