Notícia
Los Angeles Times anuncia despedimento de um quinto da sua redação
Pelo menos 115 jornalistas do Los Angeles Times vão ser despedidos, depois de perdas anuais de 30 milhões a 40 milhões de dólares, anunciou o seu proprietário.
24 de Janeiro de 2024 às 08:03
O jornal Los Angeles Times (LAT) anunciou na terça-feira que vai despedir mais de um quinto da sua redação, em plena crise da imprensa dos EUA.
Ao mesmo tempo, os jornalistas do Condé Nast, que integra Vanity Fair, Vogue ou GQ, manifestaram-se em Nova Iorque contra um plano social.
Pelo menos 115 jornalistas do LAT vão ser despedidos, depois de perdas anuais de 30 milhões a 40 milhões de dólares, anunciou o seu proprietário, o multimilionário e empresário da biotecnologia Patrick Soon-Shiong, nas páginas do título californiano, criado há 142 anos.
"A decisão de hoje é dolorosa para todos, mas é imperativo que atuemos rapidamente e tomemos medidas para construir um jornal viável e florescente para as gerações futuras", disse o empresário, que tinha comprado o título em 2018, por 500 milhões de dólares.
"Continuamos a acreditar no Los Angeles Times e no papel importante que tem em uma democracia dinâmica. Mas um jornal não pode desempenhar este papel quando o seu pessoal é reduzido ao osso", deplorou o sindicato da publicação, quando os EUA se preparam para uma campanha eleitoral tensa, provavelmente entre Joe Biden e Donald Trump.
O LAT, que obteve 51 Prémios Pulitzer desde 1942, tem de se adaptar às turbulências da era digital, à redução das receitas publicitárias e à perda de assinantes, uma viragem difícil para numerosos títulos da imprensa tradicional.
Em junho de 2023, já tinham sido eliminados 70 postos de trabalho no LAT.
Do Washington Post, propriedade do multimilionário e fundador da Amazon, Jeff Bezos, à rádio publique NPR, passando pelo Vox Media (New York Magazine, The Verge, Vox), o ano passado foi marcado por numerosos anúncios de eliminação de emprego nas redações norte-americanas, movimento que aliás já existia.
Também na terça-feira, a proprietária da Time Magazine, Jessica Sibley, escreveu às sua equipas para anunciar "a difícil decisão de suprimir postos de trabalho em vários serviços", segundo um jornalista do sítio Semafor, que publicou a informação na rede social X.
Segundo um relatório divulgado no início de dezembro da Challenger, Gray and Christmas, uma empresa de conselho de recursos humanos, foram suprimidos 2.681 empregos nas redações em 2023, depois de 1.808 em 2022 e 1.511 em 2021.
Outro anúncio chocante e muito simbólico foi o do anúncio do despedimento da maioria da redação da revista Sports Illustrated pela sua empresa editora, Arena Group, como avançou na sexta-feira o sindicato da imprensa.
As dificuldades afetam assim os meios da era da internet, como o Vice Media, em falência desde maio, enquanto o BuzzFeed anunciou em abril o fecho do seu sítio BuzzFeed News, com 180 despedimentos na agenda.
Os anúncios do LAT e da Time Magazine foram conhecidos quando 400 jornalistas e empregados do grupo Condé Nast fizeram greve de 24 horas na terça-feira, para protestar contra as condições de um plano de despedimentos no grupo.
Ao mesmo tempo, os jornalistas do Condé Nast, que integra Vanity Fair, Vogue ou GQ, manifestaram-se em Nova Iorque contra um plano social.
"A decisão de hoje é dolorosa para todos, mas é imperativo que atuemos rapidamente e tomemos medidas para construir um jornal viável e florescente para as gerações futuras", disse o empresário, que tinha comprado o título em 2018, por 500 milhões de dólares.
"Continuamos a acreditar no Los Angeles Times e no papel importante que tem em uma democracia dinâmica. Mas um jornal não pode desempenhar este papel quando o seu pessoal é reduzido ao osso", deplorou o sindicato da publicação, quando os EUA se preparam para uma campanha eleitoral tensa, provavelmente entre Joe Biden e Donald Trump.
O LAT, que obteve 51 Prémios Pulitzer desde 1942, tem de se adaptar às turbulências da era digital, à redução das receitas publicitárias e à perda de assinantes, uma viragem difícil para numerosos títulos da imprensa tradicional.
Em junho de 2023, já tinham sido eliminados 70 postos de trabalho no LAT.
Do Washington Post, propriedade do multimilionário e fundador da Amazon, Jeff Bezos, à rádio publique NPR, passando pelo Vox Media (New York Magazine, The Verge, Vox), o ano passado foi marcado por numerosos anúncios de eliminação de emprego nas redações norte-americanas, movimento que aliás já existia.
Também na terça-feira, a proprietária da Time Magazine, Jessica Sibley, escreveu às sua equipas para anunciar "a difícil decisão de suprimir postos de trabalho em vários serviços", segundo um jornalista do sítio Semafor, que publicou a informação na rede social X.
Segundo um relatório divulgado no início de dezembro da Challenger, Gray and Christmas, uma empresa de conselho de recursos humanos, foram suprimidos 2.681 empregos nas redações em 2023, depois de 1.808 em 2022 e 1.511 em 2021.
Outro anúncio chocante e muito simbólico foi o do anúncio do despedimento da maioria da redação da revista Sports Illustrated pela sua empresa editora, Arena Group, como avançou na sexta-feira o sindicato da imprensa.
As dificuldades afetam assim os meios da era da internet, como o Vice Media, em falência desde maio, enquanto o BuzzFeed anunciou em abril o fecho do seu sítio BuzzFeed News, com 180 despedimentos na agenda.
Os anúncios do LAT e da Time Magazine foram conhecidos quando 400 jornalistas e empregados do grupo Condé Nast fizeram greve de 24 horas na terça-feira, para protestar contra as condições de um plano de despedimentos no grupo.