O presidente da Portugal Telecom reiterou hoje que o seu interesse em ficar no Brasil, "seja através da Vivo, seja através de uma outra operação que nós consideremos atractiva". Granadeiro diz que tem mais lógica a PT ficar com a operadora brasileira dada a proximidade linguística entre os dois países.

Numa entrevista dirigida aos colaboradores, o presidente da Portugal Telecom (PT) [PTC], questionado sobre a possibilidade de vir a alienar a Vivo, diz que "não há activos inalienáveis em termos empresariais".

"O que nós consideramos é que o Brasil é uma geografia onde nós queremos estar. Seja através da Vivo, seja através de uma outra operação que nós consideremos atractiva", esclarece o CEO:

Sobre a parceria com a Telefónica, que controla a Vivo em parceria com a PT, diz que não ter "complexos em relação à Vivo nem à parceria com a Telefónica".

"Temos tanto na Vivo, como tem a Telefónica e não aceitamos aquilo que tem vindo a ser aceite e promovido por alguns sectores até da opinião pública portuguesa, de que a Vivo é uma fatalidade e que, de uma forma ou doutra, mais cedo ou mais tarde, será comprada pela Telefónica", explica o CEO.

A Telefónica não é o comprador natural da Vivo, segundo Granadeiro que acrescenta que "se houvesse um comprador natural da Vivo seria a PT. O futuro das telecomunicações passará cada vez mais pela associação aos conteúdos. A língua em que se processa a comunicação da Vivo é o português, não é o espanhol".