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Liga dos Campeões na RTP não exige "esforço financeiro suplementar"

O conselho liderado por Alberto da Ponte desmente a oferta de 18 milhões, noticiada pelo Negócios. Não indica nenhum valor. A administração defende também o futebol no serviço público depois de o Governo ter dito que os dinheiros estatais não devem ser aplicados no futebol.

Alberto da Ponte, da RTP, fala dos desafios do sector.
Pedro Elias/Negócios
20 de Novembro de 2014 às 19:53
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O conselho de administração da RTP diz que a oferta feita para ficar com os jogos da Liga dos Campeões para o triénio 2015-2018 contém um montante que "está previsto no orçamento de grelha e não constitui qualquer esforço financeiro suplementar para a empresa".

 

Num comunicado enviado às redacções, a equipa liderada por Alberto da Ponte diz que "é falso que a oferta para os jogos em causa tenha sido de 18 milhões de euros". Este é o valor noticiado esta quarta-feira pelo Negócios, que avançou com a notícia de que a RTP avançou com um montante que superou as propostas concorrentes, como a da TVI, que transmite actualmente estes jogos.   


Confirmando ter concorrido aos direitos de transmissão das partidas da Liga dos Campeões, a administração do grupo estatal não avança qualquer montante para a sua oferta. Diz apenas que é a "mais baixa oferta de sempre".

 

"Consciente do esforço que é exigido aos portugueses, [a RTP] nunca incorreria em custos extraordinários com a aquisição de programas e entende que, dada a qualidade deste produto televisivo, as receitas publicitárias advenientes da sua exibição permitem dizer que o mesmo é auto-sustentável", aponta ainda o comunicado em que o conselho de administração reforça que "não interfere nas decisões editoriais ou de programas" a não ser quando lhes são submetidas pelas direcções "em matéria orçamental e de observância do contrato de concessão".

 

Governo diz mal, administração defende futebol no serviço público

 

A empresa diz que, ao transmitir as partidas da Liga dos Campeões nos próximos três anos, "cumpre o seu dever de prestação de serviço público". "Trata-se de uma competição que é legalmente qualificada de interesse generalizado do público", defende o conselho presidido por Alberto da Ponte, citando "estudos que comprovam que 94% dos seus telespectadores e ouvintes consideram o futebol de qualidade um produto representativa da excelência do serviço público".

 

Este comentário é feito depois de o Governo ter considerado, pela voz do ministro Marques Guedes, que "os dinheiros públicos não deveriam ser aplicados" na compra de jogos de futebol. O governante afirmou ainda que esperava que o conselho geral se pronunciasse, o que também aconteceu esta tarde.

 

O conselho geral independente da RTP diz ter tido conhecimento da proposta na quarta-feira. Num outro comunicado, enuncia que "acaba de verificar que a proposta da RTP foi aceite pela UEFA, é vinculativa e constitui, por isso, um compromisso jurídico assumido pela RTP".

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