Notícia
Leixões afunda sem monobóia
A inoperacionalidade da monobóia oceânica, que impede os navios de grande dimensão de descarregar petróleo em Leixões, é a principal responsável pela queda de 4% do movimento de mercadorias neste porto nos primeiros 11 meses do ano.
Com a monobóia oceânica em reparação, desde Março que os navios de grande dimensão transportadores de petróleo bruto estão impedidos de descarregar esta matéria-prima fóssil directamente no porto de Leixões. Uma situação que tem prejudicado a performance da infra-estrutura portuária nortenha em benefício de Sines.
Resultado: à entrada para o último mês do ano, é praticamente certo que a administração portuária de Leixões não vai conseguir o objectivo de superar o recorde histórico conseguido no ano anterior, que fechou com 18,76 milhões de toneladas processadas.
Só em Novembro, o movimento de mercadorias do porto liderado por Brogueira Dias caiu 16,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, de 1,75 milhões para 1,46 milhões de toneladas.
Em termos acumulados, entre Janeiro e Novembro Leixões processou 16,65 milhões de toneladas, menos 4% do que em igual período do ano passado.
A quebra homóloga de 13% registado no processamento de granéis líquidos foi a grande responsável por esta dinâmica negativa, com os granéis sólidos a recuarem 7%. Todos os restantes segmentos fecharam Novembro em alta – a carga geral ganhou 8%, para 7,77 milhões de toneladas; a carga fraccionada subiu 6%, para 1,09 milhões de toneladas; a carga "ro-ro" 18%, para quase 772 mil toneladas; e a carga contentorizada progrediu 7%, para 5,91 milhões de toneladas.
Relativamente a este último tipo de carga, registe-se que o terminal de contentores de Leixões, apesar de ir ultrapassar largamente o resultado anual do ano passado, dificilmente conseguirá bater o recorde absoluto de 659 mil TEU (cada TEU equivale ao tamanho padrão de um contentor de 20 pés de comprimento) alcançado em 2014.