A investigação do caso "Portucale" levou a que três membros do actual Governo e um alto dirigente do PS aparecessem referenciados em conversas telefónicas ouvidas pela Direcção Central de Investigação da Corrupção e da Criminalidade Económica e Financeira da Polícia Judiciária (PJ).

A noticia é hoje avançada pelo "Jornal de Notícias" que diz que o relatório do inquérito, entregue pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal, aponta para o envolvimento de membros do PS no processo "Portucale", cujo objecto central passa por suspeitas de tráfico de influências na aprovação de um empreendimento do Grupo Espírito Santo (GES) na Herdade da Vargem Fresca, em Benavente. O jornal adianta que nenhum dos responsáveis do PS foi constituído arguido pelo Ministério Público.

O alegado envolvimento dos responsáveis do PS estará relacionado com o objectivo do GES em continuar com o empreendimento turístico Portucale, em Benavente, e com outros projectos viabilizados pelo Governo de Santana Lopes.

Numa escuta telefónica de Abril de 2005, a PJ ouve o arguido e administrador do GES, José Manuel de Sousa, à saída de uma reunião com um alto membro do actual Governo, comunicar a outro "peso pesado" do grupo que está tudo sob controlo, apesar da aparente incomodidade que vinha revelando um governante de uma outra pasta, revela o "Jornal de Notícias".