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Interesse dos contribuintes tem que ser defendido

O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, afirmou aos clientes do BPP que a principal preocupação do Governo é assegurar os interesses dos contribuintes e garantiu que a resolução do caso será conhecida "no momento oportuno".

04 de Junho de 2009 às 21:29
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O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, afirmou aos clientes do BPP que a principal preocupação do Governo é assegurar os interesses dos contribuintes e garantiu que a resolução do caso será conhecida "no momento oportuno".

"Os interesses dos contribuintes têm que ser defendidos", disse o ministro das Finanças, perante um grupo de clientes do BPP que pediam insistentemente para serem ouvidos por Teixeira dos Santos, que participava no encerramento de uma conferência promovida pela Associação Portuguesa de Leasing e Factoring.

"No momento oportuno direi qual é a posição do Governo", frisou o ministro das Finanças, acrescentando que "quem tem que assumir as responsabilidades é o banco e os accionistas do banco".

"Os senhores não fizeram depósitos", disse Teixeira dos Santos aos clientes que lhe lançavam vários apelos de ajuda. "Nós confiámos nos gerentes de conta" respondeu uma clientes, enquanto outra gritava que tem "o dinheiro à ordem".

Teixeira dos Santos explicou que não se reuniu até ao momento com os clientes do banco, como estes pretendiam, porque "a administração é que tem que lidar com os seus clientes. A responsabilidade da situação não é minha, é do banco".

"O que pensam que tenho andado a fazer?" perguntou o ministro em resposta aos apelos dos clientes para uma resolução rápida do seu problema.

"Só será dito alguma coisa quando houver alguma coisa para dizer", referiu, acrescentando que "não é com actos destes [em referência à agitação que antecedeu a conversa do ministro com os clientes] que se resolvem os problemas".

"Falem com a administração que é o vosso interloctor. Vocês são clientes e devem falar com o banco", reforçou o ministro, questionando se os clientes iam gostar de ver mais tarde "o espectáculo que está a ser montado para as câmaras da televisão".

"Estamos desesperados", diziam os clientes, ao que Teixeira dos Santos respondeu: "Não estou zangado convosco".

"Colocam um ministro das Finanças numa situação que não é agradável. Se me deixarem ir embora, vou trabalhar", sublinhou, acrescentando ter "que defender os interesses dos contribuintes. O dinheiro [do Estado] é dos contribuintes".

Teixeira dos Santos acabou por aceder em falar ao grupo de cerca de 15 clientes do BPP que se encontram desde terça-feira numa 'ocupação' consentida pela administração do banco, depois de ter tentado ao máximo evitar a conversa.

O acaso levou hoje à participação do governante numa conferência num hotel localizado próximo da sede do BPP e os clientes, quando se aperceberam que o ministro das Finanças - a quem competirá a resolução definitiva do caso - ia estar presente, depressa se mobilizaram para a entrada do Hotel Tivoli.

Num primeiro momento, Teixeira dos Santos ainda 'fintou' os clientes e jornalistas que aguardavam a sua chegada à conferência e fez o discurso de encerramento da conferência "Sistema Financeiro Português: Que futuro?".

À saída, os ânimos dos clientes exaltaram-se quando perceberam que o carro que transportava o ministro ia sair pela garagem situada nas traseiras do hotel. Rapidamente correram para o local e impediram a saída do veículo que transportava o ministro das Finanças. O motorista de Teixeira dos Santos fez marcha-atrás e, após alguma confusão, os seguranças do hotel fecharam o portão da garagem.

Teixeira dos Santos esteve durante largos minutos sem ser visto e depois decidiu falar com os clientes na entrada do hotel, remetendo para mais tarde a divulgação da solução definida pelo Governo para os clientes do BPP.

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