O banco holandês ING recomendou "vender" as acções da Energias de Portugal (EDP), considerando que a acção já incorporou as boas notícias corporativas. Mesmo num cenário optimista, em que o negócio das eólicas seja avaliado em 8,3 mil milhões, o preço-alvo não passa dos 4,77 euros, abaixo da cotação actual.

O ING baixou hoje a recomendação para as acções da Energias de Portugal (EDP)  [EDP] de "manter" para "vender, já que as acções estão a negociar acima do preço-alvo definido de 4,00 euros.

Esta nota contrasta com o estudo emitido hoje pelo Deutsche Bank que aumentou o "target" para a EDP para os 5,70 euros, sugerindo uma recomendação de "comprar".

O analista Harold Hutchinson do ING chega à avaliação de 4,00 euros, considerando uma avaliação de 5,6 mil milhões de euros para a divisão das eólicas.

Mesmo com uma avaliação mais agressiva para esta divisão, de 8,3 mil milhões de euros, o ING chega a um preço-alvo de 4,77 euros, o que continua aquém da cotação actual da eléctrica que na sexta-feira fixou uma marca histórica nos 5,00 euros.

A eléctrica já manifestou a intenção, tal como as congéneres espanholas, de autonomizar e colocar em bolsa o seu negócio de energias renováveis.

"A EDP está numa fase de forte crescimento e a gestão tem estado a fazer bem as coisas. No entanto, consideramos que existe um preço para tudo e achamos que [na EDP] este preço já foi ultrapassado", comenta Hutchinson.

As acções da EDP negociavam em alta de 1,45% para os 4,91 euros.