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Inapa propõe que comissão executiva não receba remuneração variável de 2019 após prejuízos

A comissão de remunerações da Inapa propôs aos acionistas que a comissão executiva da administração não receba "qualquer remuneração variável" de desempenho relativa a 2019, tendo em conta que empresa registou, nesse ano, quatro milhões de euros de prejuízo.

D.R.
07 de Maio de 2020 às 20:03
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"Propõe assim a comissão de remunerações aos senhores acionistas que não seja atribuída aos membros da comissão executiva do Conselho de Administração da Inapa qualquer remuneração variável referente ao seu desempenho no exercício de 2019", lê-se no comunicado enviado hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Esta proposta vai ser votada na assembleia-geral de acionistas, agendada para 22 de maio.

De acordo com o documento, os trabalhos da comissão de remunerações têm sido afetados pela pandemia de covid-19, não tendo sido assim possível concluir a aprovação do regulamento de remunerações dos órgãos sociais, aplicável ao mandato 2019-2021.

Desta forma, mantém-se em vigor, de forma transitória, o regulamento que foi aplicado no anterior mandato, que determina não ser permitido que a remuneração variável anual dos membros da comissão executiva "exceda em cada ano o montante equivalente a 10% dos resultados líquidos do exercício".

Porém, em 2019, a Inapa registou um prejuízo de aproximadamente 4,1 milhões de euros, o que inviabiliza a atribuição de remuneração variável.

Neste sentido, "e por uma questão de celeridade e de minimização de custos", este órgão dispensou a realização da avaliação de desempenho dos membros da comissão executiva, uma vez que o "exclusivo propósito" desta é calcular a atribuição a propor aos acionistas.

"A Comissão de Remunerações não quer deixar de realçar o bom desempenho dos membros executivos do Conselho de Administração na prossecução dos objetivos estratégicos e financeiros da Inapa no exercício transato", apontou.

A comissão executiva da Inapa é constituída por Diogo Mendes Rezende (presidente), Inês Simões Louro (finanças) e Frederico Lupi (operações), segundo a informação disponível no 'site' da empresa.

Os acionistas da Inapa irão reunir-se em assembleia-geral no próximo dia 22 de maio, para deliberar sobre os resultados de 2019, entre outros pontos, conforme revelou uma convocatória enviada à CMVM no final de abril.

Por outro lado, será votada a proposta de aplicação de resultados e a apreciação da administração e fiscalização da sociedade.

A assembleia-geral da Inapa deverá ainda "deliberar sobre a declaração relativa à política de remuneração dos órgãos de administração e fiscalização da sociedade".

A Inapa registou 4,1 milhões de euros de prejuízo em 2019, valor que compara com um resultado líquido negativo de 3,6 milhões de euros contabilizado no ano anterior, anunciou no dia 24 de abril o grupo que produz papel e embalagens.
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