O veto do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), enquanto accionista da Iberdrola, relativo à compra da Florida Power, irá ditar o grau da aproximação à Electricidade de Portugal (EDP), noticiou hoje o diário económico espanhol «Expansión», citando um responsável da eléctrica espanhola.

A desistência do negócio de aquisição da Florida Power, avaliado em 12 mil milhões de euros (2,4 mil milhões de contos) foi consequência da recusa de um dos accionistas de referência da Iberdrola, o BBVA, por considerar este avultado investimento como injustificado.

Em declarações no Instituto de Estudios Superiores de la Empresa (IESE), Javier Herrero, conselheiro delegado da Iberdrola, anunciou o aprofundamento da parceria existente com a EDP.

Segundo este responsável, esta consolidação de relações passa pela constituição de uma sociedade de gestão conjunta das centrais de geração eléctrica, aquando da constituição de um mercado único de energia na Península Ibérica. Outra parceria desejada pelas duas empresas é a integração da gestão e comercialização dos negócios no Brasil.

Quanto ao mercado ibérico, «o objectivo é criar uma alternativa energética na Península Ibérica», ao que adiantou Herrero, referindo-se à entrada da «holding» nacional para a energia, Galp, nas filiais da Iberdrola para o negócio do gás.

A Galp, com participações da Iberdrola, EDP e a italiana ENI, está a efectuar investimentos em diversas unidades na área do gás e electricidade, tanto em Espanha, como em Portugal.

A EDP negociava, às 9h40, nos 18,84 euros (3.777 escudos), a descer 0,84%. No mercado de Madrid, a Iberdrola estava a perder 0,71%, para os 4,19 euros (840 escudos). A Galp não se encontra cotada em Bolsa.