Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Iberdrola não quer entrar Conselho Superior EDP por agora

A Iberdrola não quer integrar, por agora, o futuro Conselho Superior da Energias de Portugal, órgão que integrará os accionistas com mais 2% do capital da eléctrica, disse Joaquim Pina Moura, Chief Executive Officer (CEO) da Iberdrola Portugal, à agência

05 de Janeiro de 2006 às 17:08
  • ...

A Iberdrola não quer integrar, por agora, o futuro Conselho Superior da Energias de Portugal, órgão que integrará os accionistas com mais 2% do capital da eléctrica, disse Joaquim Pina Moura, Chief Executive Officer (CEO) da Iberdrola Portugal, à agência Reuters.

Adiantou, em declarações telefónicas à agência de notícias, que a «Iberdrola Portugal dispôs-se a alienar a sua posição accionista na Galp» - onde tem 4% - «e concentrar a sua posição na EDP» - em que controla 5,7% - «nos termos e condições a aprovar pelos órgãos sociais da empresa».

Frisou que só o «fará após tomar em consideração todas as fórmulas económica e juridicamente possíveis que permitam concretizar as referidas operações de forma satisfatória e no momento mais adequado tendo em vista os seus interesses societários».

Os principais accionistas privados propuseram ao Governo um novo modelo de Governo para a EDP, a ser votado em AG e que inclui um CS, que deliberaria sobre questões estratégicas, e um Conselho de Administração com gestores profissionais.

O ministro da Economia, Manuel Pinho, já anunciou que vê este modelo como positivo.

«(...) A Iberdrola Portugal comunicou aos accionistas privados da EDP e ao Governo de Portugal que, por sua própria iniciativa, não participará por agora nesse novo órgão, a ser proposto na próxima assembleia geral», afirmou Joaquim Pina Moura.

O CEO refere que «a posição da Iberdrola Portugal, face à reestruturação do sector energético português e à reordenação do perímetro de negócios e das estruturas accionistas da EDP e da Galp, sempre foi a de contribuir para uma alternativa mais eficiente e segura para o sistema energético português».

«Neste sentido, a Iberdrola Portugal apoia sem reservas a estratégia nacional para a energia, aprovada pela Resolução do Conselho de Ministros de 24 de Outubro de 2005», refere.

Explica que, «correspondendo também ao pedido de accionistas privados relevantes da EDP, decidiu participar nas reuniões dos referidos accionistas privados nas quais foram analisadas soluções para o novo modelo de governação e da escolha do novo presidente do Conselho de Administração que foram propostas ao Governo».

«A Iberdrola Portugal apoia plenamente e sem reservas essas soluções. Além do mais, a Iberdrola Portugal considera - tal como os outros accionistas privados relevantes - que o mandato do novo Conselho de Administração da EDP representa uma oportunidade para criar valor para a companhia», afirmou à Reuters.

Pina Moura vinca que, «sempre com as devidas salvaguardas de quaisquer potenciais conflitos de interesses, (...) a Iberdrola Portugal está disponível para, em colaboração com o novo Conselho de Administração, desenvolver os seus melhores esforços para identificar projectos mutuamente vantajosos, capazes de criar sinergias quer para a EDP, quer para o Grupo Iberdrola».

Recorda que as salvaguardas de potenciais conflitos de interesse «estão sujeitos todos os accionistas nas diferentes situações em que eles se possam manifestar e que devem resolver-se de acordo com a legislação regulatória e concorrencial vigente».

«É neste quadro que a Iberdrola Portugal avalia a questão da sua participação no novo órgão estatutário a criar onde terão assento todos os accionistas com uma posição na EDP superior a 2% do capital social», destaca.

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio