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Horizon fecha ciclo de grandes aquisições da EDP (act)
António Mexia assegurou hoje que o ciclo de grandes aquisições da EDP, no curto prazo, fechou com a compra da Horizon Wind Energy, não descurando a concretização de pequenas oportunidades de negócio no mercado europeu das renováveis.
António Mexia assegurou hoje que o ciclo de grandes aquisições da EDP, no curto prazo, fechou com a compra da Horizon Wind Energy, não descurando a concretização de pequenas oportunidades de negócio no mercado europeu das renováveis.
"Temos que ter a noção clara do equilíbrio financeiro com o crescimento e o nosso esforço para aproveitamento da margem está concentrado aqui", declarou o CEO da EDP adiantando que "esta aquisição nos vai marcar todo o foco no curto prazo".
Para dar a noção da dimensão desta operação, Mexia disse que esta é a maior transacção de sempre feita por uma companhia portuguesa fora de Portugal, num país de língua não portuguesa. O investimento associado à aquisição ascende a 2,9 mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de euros)
Segundo o CEO da eléctrica, a entrada nos EUA vai transformar a companhia, dando-lhe maior dimensão estratégica, menos exposição e vulnerabilidade ao mercado, assegurando a remuneração aos accionistas.
Mexia refere que a concretização desta compra é a grande operação da EDP em 2007, depois de em 2006 ter estado concentrada na consolidação da posição no mercado ibérico e no desenvolvimento de novas oportunidades eólicas na Europa, nomeadamente em França e Bélgica, onde pretendem desenvolver 500 MW até 2010.
"Estamos ainda a olhar para o Reino Unido", disse Mexia, explicando que serão, no entanto, sempre pequenos projectos para testar o mercado, uma vez que "a nossa aposta é neste momento os Estados Unidos".
Para justificar o investimento nos EUA, Mexia apontou o congestionamento do mercado ibérico, alem das incertezas que está a ser alvo.
"Esta é a opção indiscutível, para aproveitar a margem de manobra que tínhamos para novos investimentos e para criar valor para os accionistas". Salientou que este era exactamente o momento em que tínhamos de investir. Daqui a um ou dois anos já poderia ser tarde".
A Horizon detém uma capacidade de produção potencial total de mais de 9 mil MW, até 2020, mas a administração da EDP não descarta que este "pipeline" venha a crescer, uma vez que a empresa tem já em estudo novos projectos.
Nesta carteira estão apenas considerados projectos em condições de avançar, ou seja, com toda a tramitação legal e administrativa, assim como pontos de ligação à rede atribuídos.