É altura de fazer contas à vida e planear orçamentos para o próximo ano. Em cima da mesa da maioria das empresas, as perspectivas não são as mais animadoras: a economia estará morna e, principalmente, incerta. Estabilizar, se não mesmo reduzir, os custos fixos é quase uma obsessão.

Mas é em anos de crise, mais do que nunca, que as empresas dependem do seu talento interno para crescer na adversidade. Motivar é um imperativo. E mesmo sem dinheiro disponível, não há desculpa para não compensar melhor os colaboradores, garantem os especialistas. Estudos da consultora Hay Group indicam o caminho, ao revelar que a recompensa não financeira pode ter um impacto sete vezes superior aos cheques salariais.

Ou seja, remunerar é cada vez mais uma prática qualitativa e não uma mera gestão aritmética. Assim, é possível que, não pagando mais, se pague melhor. Uma gestão que pode passar pelo reposicionamento da política de compensação, com benefícios mais ajustados ao perfil e necessidades de cada um. O segredo é perceber bem o que as pessoas mais valorizam. E comunicar e quantificar os benefícios atribuídos para dar aos colaboradores a percepção real de quanto é que a empresa investe realmente neles.