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Grupo DST diz que 35,6 milhões de euros é o valor máximo de que poderá beneficiar do PRR

Do investimento de 101,7 milhões de euros das empresas do grupo nas duas agendas, espera-se "que o incentivo possa vir a ser de 35%", o que significa que terá "como valor máximo 35,59 milhões de euros", diz a DST.

Paulo Duarte
11 de Julho de 2022 às 16:08
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A DST esclareceu esta segunda-feira que o "valor máximo" que poderá receber no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e das Agendas Mobilizadoras e Agendas Verdes para a Inovação Empresarial ascende a 35,59 milhões de euros.

"Os 1.000 milhões de euros ou mais de 2.000 milhões de euros que a 'DST receberá' na realidade poderão ter como valor máximo 35,59 milhões de euros", avança a empresa num comunicado enviado à agência Lusa, reagindo a notícias divulgadas nos últimos dias sobre a afetação de verbas do PRR e das Agendas Mobilizadoras e Agendas Verdes para a Inovação Empresarial.

De acordo com o jornal Nascer do SOL, o grupo DST estaria "elegível para receber mais de 2.000 milhões de euros do PRR, o equivalente a mais de 24% da verba prevista no programa para apoio às empresas", num total "distribuído entre as várias subsidiárias do grupo e por vários programas".

"Ao que o Nascer do SOL apurou na agenda mobilizadora, os projetos liderados por empresas do grupo bracarense correspondem a 454.307.486,31 euros. Um valor a que acresce, se acumularmos com o projeto onde a Savannah participa, 1.368.466.526,76 euros. Já no caso da Agenda Verde, os incentivos são de 650.467.276,55 euros, o que corresponde a 25,66% do total dos projetos apresentados nesse âmbito", precisa.

Por sua vez, o jornal ECO avançou que este facto levou a também construtora bracarense Casais a apresentar uma reclamação dos resultados da segunda fase do concurso das chamadas Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial, na qual foi excluído o seu projeto de investimento de 47 milhões de euros na área da construção industrial sustentável.

No comunicado enviado esta segunda-feira à Lusa, o dstgroup clarifica que "é líder de duas agendas que envolvem 105 entidades, das quais 42 do sistema científico e 63 empresas das quais 30 são PME [pequenas e médias empresas].

"O investimento total do conjunto das empresas e do sistema científico nestas duas agendas é de 454,1 milhões de euros", refere, acrescentando que "o investimento nestas duas agendas do conjunto das empresas do grupo DST é de 101,7 milhões de euros".

Já "em relação ao valor total aprovado para todas as empresas de todos os outros grupos empresariais, no valor de 7.572.317 milhões de euros, o valor que corresponde às empresas do universo DST representa 1,34%", avança.

Segundo precisa a DST, do investimento de 101,7 milhões de euros das empresas do grupo nas duas agendas, espera-se "que o incentivo possa vir a ser de 35%", o que significa que terá "como valor máximo 35,59 milhões de euros".

Já no que diz respeito à Savannah, a DST afirma que "não faz parte de nenhuma agenda liderada pelo dstgroup" e que "este não faz parte de nenhum consórcio em que a Savannah esteja incluída".

"Mais, o dstgroup não tem qualquer relacionamento societário com a Savannah", reforça.

Relativamente às agendas lideradas pela Efacec, a DST sustenta que "a submissão das mesmas é da responsabilidade da sua atual administração e dos seus atuais acionistas, a saber Parpública e MGI".

Na notícia publicada na passada sexta-feira, o ECO avança que, no requerimento dirigido à Comissão de Coordenação das Agendas (CCA) para reapreciação da proposta de não-elegibilidade do seu projeto de investimento, a Casais "faz uma referência longa, crítica e explícita aos dois projetos do grupo bracarense DST que acabaram por ser aprovados (R2UTechnologies, 215 milhões de euros; NGS -- New Generation Storage, 239 milhões), a que soma os dois do universo da Efacec (Aliança para a Transição Energética, 342,6 milhões; H2DRIVEN Green Agenda, 307,8 milhões) a que também foi dada 'luz verde'".

"Os pontos de contacto são inúmeros, indiciando uma concentração dos apoios. É incompreensível que, na perspetiva das boas práticas de gestão na aplicação dos fundos públicos comunitários, se coloquem 'todos os ovos no mesmo cesto', quando este setor necessita de uma transformação transversal que envolva o máximo de entidades possíveis", sustenta a Casais.

"Essa concentração - acrescenta - também é visível quando analisamos o valor de ativo e volume de negócios do beneficiário último DST SGPS e confrontamos com os valores de apoio candidatado nestas Agendas [ultrapassam os 1.000 milhões de euros]. Existem limites impostos pela própria Comissão Europeia e esse fator, 'per si', pode ser suficiente para obstaculizar irremediavelmente a implementação de alguma das quatro agendas deste último beneficiário".
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