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Governo ultima plano energético anti-crise

O Governo português vai seguir o exemplo da Comissão Europeia (CE) e anunciar, em breve, um plano anti-crise no sector da energia, com cinco medidas principais que irão contar com apoios públicos.

05 de Fevereiro de 2009 às 17:20
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O Governo português vai seguir o exemplo da Comissão Europeia (CE) e anunciar, em breve, um plano anti-crise no sector da energia, com cinco medidas principais que irão contar com apoios públicos.

“O objectivo é injectar dinheiro na economia, chegando de forma rápida às empresas, para que possam cumprir ou até acelerar os seus projectos de investimento, criando ou pelo menos mantendo emprego”, explica o director-geral da Energia, José Manuel Perdigoto.

As áreas-chave deste plano, que está a ser ultimado pelo Ministério da Economia e Inovação, são a instalação de painéis solares, microgeração eólica, eficiência energética, promoção de redes eléctricas inteligentes e desenvolvimento da plataforma do carro eléctrico, revelou o director-geral da Energia, durante o almoço de encerramento da conferência "Energia: Propostas para Portugal", organizada pela Câmara de Comércio Luso-Belga-Luxemburguesa.

José Manuel Perdigoto, questionado depois pelos jornalistas, escusou-se a concretizar o âmbito das cinco medidas, assim como o investimento possível associado ou outros indicadores, com o argumento de que “esse anúncio é uma competência do sr.ministro da Economia” e prometendo que os detalhes serão conhecidos “muito brevemente”.

A aposta na energia foi justificada pelo responsável como sendo “uma área com muito potencial para grandes investimentos, com efeitos rápidos na economia”, lembrando que esse foi, exactamente, o entendimento da CE que lançou uma iniciativa semelhante a nível comunitário com grandes projectos neste sector.

“Em 2009, temos um conjuntura muito particular, com a crise financeira e económica a nível internacional, e é preciso tomar medidas contra isto”, salientou ainda.

O director-geral da Energia aproveitou também para fazer um balanço do plano nacional de eficiência energética em curso.

Até agora foram realizados 27 mil registos de certificados energéticos de edifícios, 653 registos de empresas para a realização de auditorias dos consumos intensivos, entregues 4,5 milhões de lâmpadas a 900 famílias carenciadas (cumprindo 20% do objectivo de lâmpadas eficientes instaladas até 2015) e instalados 4,5 megawatts (MW) de microgeração.

Perdigoto realçou que a meta de 10 MW de microgeração para 2008 vai ser cumprida, sendo que ainda só foram contemplados os projectos entre Abril e Agosto, faltando contabilizar os restantes meses até ao final do ano.

Para Portugal cumprir o objectivo de chegar a 2020 com 31% da energia primária gerada a partir de fontes renováveis, a quinta meta mais ambiciosa da Europa, “será exigido um grande esforço e continuação de um grande investimento nas renováveis nos próximos anos”, diz.

A meta é chegar a 2020 com 8.500 MW de potência eólica instalada, o que significa duplicar a capacidade nacional em 2007.

Por outro lado, Perdigoto afirma que vai haver um crescimento das hídricas, devido ao plano nacional das barragens, e do gás natural, com as novas centrais de ciclo combinado.



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