Notícia
Governo timorense vai abrir concurso para novos blocos petrolíferos
Último concurso aberto em Timor tinha acontecido há quatro anos.
20 de Setembro de 2010 às 13:08
O Governo de Timor-Leste vai abrir um concurso público internacional para a concessão de novos blocos petrolíferos no mar de Timor, nas suas águas exclusivas, disse hoje fonte governamental. O último concurso foi realizado em 2006, tendo o gigante petrolífero italiano ENI assinado cinco contratos de partilha de produção com o governo de Timor-Leste. A sexta concessão foi na altura atribuída aos indianos da Reliance Industries.
De fora ficaram o consórcio formado pela Galp portuguesa e pela brasileira Petrobrás, e os malaios da Petronas, que disputavam os blocos C e E. A ENI veio posteriormente a vender 10% das acções desses contratos à Galp e à KOGAS, da Coreia do Sul.
Ficaram por atribuir as concessões relativas aos blocos D, G, F, I e J, para as quais estão a ser preparados os respectivos concursos. “Estamos a preparar o enquadramento legal para abrir os concursos públicos em relação aos blocos que faltam no mar de Timor.
Os que nos oferecerem as melhores condições terão o direito de exploração”, disse à Agência Lusa o ministro da Economia e Desenvolvimento, João Gonçalves. No que diz respeito aos blocos em terra (on-shore), o governo timorense pretende apenas lançar a sua concessão após ter em exploração as reservas marítimas.
“Na parte terrestre não estamos com muita pressa, na medida em que existem recursos no mar”, disse. Face à situação de impasse relativa ao campo de gás natural de Sunrise, Timor-Leste está empenhado em lançar rapidamente o concurso público internacional para concessionar a exploração dos blocos petrolíferos situados nas suas águas territoriais, para viabilizar o projecto de industrialização da costa sul, de base petroquímica.
O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, tem evidenciado a importância deste projecto como o futuro motor da economia, no âmbito do Plano de Desenvolvimento Estratégico que tem vindo a apresentar ao país. “Vamos continuar o nosso esforço para que seja feito o gasoduto desde Sunrise, de maneira a que seja feito o processamento do gás no nosso país, mas temos também recursos petrolíferos nos mares que são inteiramente da nossa soberania e no interior do nosso território”, sublinhou o ministro.
João Gonçalves indicou que a companhia petrolífera australiana Woodside poderá ter mais a perder do que a ganhar ao insistir na sua posição de processar o gás natural numa plataforma flutuante e estendeu a advertência à própria Austrália.
“Se nos quiserem forçar a aceitar as outras opções que a Woodside está a querer e que para nós não são a melhor opção, a companhia Woodside tem um período em que tem de iniciar os trabalhos de exploração. Se não chegarmos a acordo dentro desse prazo, perde o direito que detém, o qual volta novamente para a mesa de negociações com a Austrália", avisou. Para o ministro da Economia e Desenvolvimento timorense, “a Austrália teria todo o interesse em apoiar Timor-Leste nas suas posições, na fase de arranque”.
“Devido à nossa falta de técnicos e peritos, a Austrália beneficiaria com isso”, acrescentou. Entretanto, se estiverem avançadas outras negociações relativas a campos sob a soberania timorense que permitam avançar já com o desenvolvimento programado para a costa sul, Timor-Leste terá de ir buscar técnicos a outro lado, explicou. “A meu ver, a Austrália só perderá com isso”, afirmou.
De fora ficaram o consórcio formado pela Galp portuguesa e pela brasileira Petrobrás, e os malaios da Petronas, que disputavam os blocos C e E. A ENI veio posteriormente a vender 10% das acções desses contratos à Galp e à KOGAS, da Coreia do Sul.
Os que nos oferecerem as melhores condições terão o direito de exploração”, disse à Agência Lusa o ministro da Economia e Desenvolvimento, João Gonçalves. No que diz respeito aos blocos em terra (on-shore), o governo timorense pretende apenas lançar a sua concessão após ter em exploração as reservas marítimas.
“Na parte terrestre não estamos com muita pressa, na medida em que existem recursos no mar”, disse. Face à situação de impasse relativa ao campo de gás natural de Sunrise, Timor-Leste está empenhado em lançar rapidamente o concurso público internacional para concessionar a exploração dos blocos petrolíferos situados nas suas águas territoriais, para viabilizar o projecto de industrialização da costa sul, de base petroquímica.
O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, tem evidenciado a importância deste projecto como o futuro motor da economia, no âmbito do Plano de Desenvolvimento Estratégico que tem vindo a apresentar ao país. “Vamos continuar o nosso esforço para que seja feito o gasoduto desde Sunrise, de maneira a que seja feito o processamento do gás no nosso país, mas temos também recursos petrolíferos nos mares que são inteiramente da nossa soberania e no interior do nosso território”, sublinhou o ministro.
João Gonçalves indicou que a companhia petrolífera australiana Woodside poderá ter mais a perder do que a ganhar ao insistir na sua posição de processar o gás natural numa plataforma flutuante e estendeu a advertência à própria Austrália.
“Se nos quiserem forçar a aceitar as outras opções que a Woodside está a querer e que para nós não são a melhor opção, a companhia Woodside tem um período em que tem de iniciar os trabalhos de exploração. Se não chegarmos a acordo dentro desse prazo, perde o direito que detém, o qual volta novamente para a mesa de negociações com a Austrália", avisou. Para o ministro da Economia e Desenvolvimento timorense, “a Austrália teria todo o interesse em apoiar Timor-Leste nas suas posições, na fase de arranque”.
“Devido à nossa falta de técnicos e peritos, a Austrália beneficiaria com isso”, acrescentou. Entretanto, se estiverem avançadas outras negociações relativas a campos sob a soberania timorense que permitam avançar já com o desenvolvimento programado para a costa sul, Timor-Leste terá de ir buscar técnicos a outro lado, explicou. “A meu ver, a Austrália só perderá com isso”, afirmou.