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Governo nomeia Alberto Castro para presidente do banco do fomento
Alberto Castro será o presidente do conselho de administração da Instituição Financeira de Desenvolvimento e José Fernando Figueiredo será o CEO da instituição que terá como principal missão a concessão de crédito às PME com fundos europeus.
O Governo anunciou esta terça-feira a equipa que constituirá o conselho de administração da Instituição Financeira de Desenvolvimento, conhecida por Banco do Fomento.
Para o cargo de "chairman" (presidente do conselho de administração) do Banco do Fomento o Governo escolheu Alberto Castro, professor na Universidade Católica do Porto.
José Fernando Figueiredo vice-presidente e presidente da comissão executiva, que será composta ainda por Ricardo Luz, Elísio Brandão e Maria João Nunes. O conselho de administração fica completo com os seguintes administradores não executivos: Richard Pelly, Eduardo Cardadeiro, Estela Barbot e Altina Gonzalez.
De acordo com um comunicado do Ministério das Finanças, com a nomeação dos órgãos sociais da IFD cessam as funções da sua Comissão Instaladora, que era constituída por Paulo Azevedo, Carla Chousal e Nuno Soares.
José Fernando Figueiredo tinha já o mês passado aceite o convite das Finanças para o cargo de CEO do Banco de Fomento, tem defendido que o futuro IFD deveria incluir a componente de garantias mútuas.
No comunicado emitido esta terça-feira o Ministério das Finanças destaca que a missão do IFD passa por "colmatar insuficiências de mercado no financiamento das pequenas e médias empresas, designadamente, ao nível da capitalização e do financiamento de longo prazo da actividade produtiva, assumindo uma importante função anti-cíclica".
Além disso, o "IFD assume a gestão de instrumentos financeiros com recurso a financiamento de fundos europeus estruturais e de investimento e a gestão dos fundos resultantes do reembolso de incentivos reembolsáveis dos diferentes períodos de programação no âmbito dos fundos europeus".
Sediada no Porto com capital de 100 milhões
A IFD vai ficar sediada no Porto e funcionará como uma instituição grossista - não terá balcões de retalho - para dar músculo a parte dos fundos do novo quadro comunitário de apoio para o financiamento das PME. Terá um capital inicial de 100 milhões de euros, que "poderá crescer em função das suas necessidades".
Gerir e canalizar os fundos europeus
Com luz verde do Banco de Portugal em Setembro, e da Comissão Europeia no final de Outubro passado, a IFD irá gerir e canalizar os fundos europeus estruturais e de investimento (FEEI) atribuídos a Portugal para o período de financiamento de 2014-2020, bem como os reembolsos dos programas financiados pelos FEEI.
Dois anos de gestação, instaladores de fora
Foi há precisamente dois anos que o primeiro-ministro confirmou que o Governo tinha dado instruções à CGD para criar um "Banco de Fomento", cujo presidente da comissão instaladora recusou continuar a liderar o projecto no novo conselho de administração. Os seus colegas na comissão também se mostraram indisponíveis.