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Governo admite alternativa à construção da fábrica da Portucel Recicla
O Governo admite recorrer a uma alternativa à construção da fábrica de papel reciclado da Portucel Recicla que deveria ter sido efectuada em 2001 pelo Grupo Sonae, disse hoje Braga da Cruz, ministro da Economia.
À margem da conferência promovida pelo Fundo para a Internacionalização das Empresas Portuguesas (FIEP), Braga da Cruz revelou que «se os trabalhadores e as câmaras municipais virem vantagem numa solução alternativa, nós procuraremos que todos os compromissos que a Sonae assumiu com o Estado tenham um valor equivalente nessa solução operativa».
O ministro da Economia escusou-se, no entanto, a avançar qual seria a alternativa com «valor equivalente» à construção da fábrica em Mourão no Alentejo.
A Sonae [SON] deveria ter construído uma nova fábrica papel reciclado em Mourão, em resultado do encerramento da anterior unidade. Esta construção estava prevista arrancar em Maio de 2001.
A construção da nova fábrica em Mourão foi um requisito para a privatização da Gescartão garantida pela Imocapital, empresa participada pela Sonae e Europaq.
Braga da Cruz acrescentou hoje que «o Estado procurará cumprir todas as obrigações da Sonae».
O Grupo liderado por Belmiro de Azevedo pretende, ao invés, construir uma nova fábrica de papel reciclado no norte no país.
As acções da Sonae cotavam 0,83 euros, a ganhar 1,22%.