Notícia
Governo brasileiro "disponível para ajudar" a acordo entre TAP e Azul sobre dívida
No encontro com Miguel Pinto Luz, o ministro brasileiro admitiu que "colocou algumas preocupações em relação à possibilidade desse acordo" e o ministro das Infraestruturas português disse "expressamente" que "vai respeitar o processo" legal.
25 de Outubro de 2024 às 22:16
O Governo brasileiro está "disponível para ajudar", mas sem ingerência, para um acordo entre a TAP e a Azul sobre a dívida de 200 milhões, disse esta sexta-feira o ministro dos Portos e Aeroportos do Brasil.
Silvio Costa Filho, defendeu, em entrevista à Lusa, em Lisboa, que "este acordo é muito importante para as duas companhias", mas não pode haver "uma ingerência" dos governos nas questões entre ambas.
Uma posição que está clara com o Governo português e falada no encontro que teve esta quinta-feira com o seu homólogo, o ministro português das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, no âmbito da visita oficial de dois dias, durante a qual vai hoje reunir-se com a administração da TAP.
Na reunião dos dois ministros, Silvio Costa Filho disse que trataram "do assunto da Azul de forma institucional" e é claro que ambos os governos querem "um entendimento no final desse diálogo entre a TAP e a Azul".
Mas "ficou acertado" que será respeitada a questão legal.
"Vamos aguardar que esse processo corra o ciclo natural, e, se for possível, fazer um acordo entre a TAP e a Azul", mas sem "nenhuma ingerência por parte dos governos brasileiros ou português" nas companhias aéreas, sublinhou.
O executivo brasileiro "tem dialogado com a TAP", adiantou o ministro, que hoje terá uma reunião em Lisboa com a administração da companhia aérea, para "entender melhor a situação" da dívida.
Não se pode "obrigar a que seja pago" mas pode-se fazer "um diálogo de sensibilização, para que possa ser feito um acordo entre as duas companhias", afirmou.
Nesse sentido, garantiu também que o governo brasileiro "está disponível para ajudar em qualquer termo de cooperação".
No encontro com Miguel Pinto Luz, o ministro brasileiro admitiu que "colocou algumas preocupações em relação à possibilidade desse acordo" e o ministro das Infraestruturas português disse "expressamente" que "vai respeitar o processo" legal.
Quanto a um possível prazo para ser alcançado o acordo é que o ministro preferiu não se pronunciar.
O que está em questão é um diferendo entre a TAP e a Azul sobre um empréstimo obrigacionista da companhia aérea brasileira à sua congénere portuguesa, que vence em 2026.
A Azul quer receber antecipadamente o valor dos 198 milhões de euros em causa, e a TAP não pretende avançar.
Hoje, último dia da sua estadia em Portugal, o ministro do Brasil, além do encontro com a TAP visitará o porto de Lisboa.
Na última quinta-feira, o ministro brasileiro reuniu-se com as administrações da Indra e da Galp, empresa com grandes investimentos na produção de petróleo e gás natural no Brasil.
Da Galp disse na entrevista à Lusa, que leva a manifestação de vontade da companhia energética de ampliar os seus investimentos no Brasil.
A Galp já tem hoje uma "importante posição na área da produção petrolífera" e já é "um grande parceiro comercial do Brasil", frisou o ministro, mas "quer ampliar os investimentos" no país.
Silvio Costa Filho disse que apresentou à Galp a carteira de leilões de concessões nos próximos três anos, com alguns na área dos granéis líquidos em que a empresa pode estar interessada.
Silvio Costa Filho, defendeu, em entrevista à Lusa, em Lisboa, que "este acordo é muito importante para as duas companhias", mas não pode haver "uma ingerência" dos governos nas questões entre ambas.
Na reunião dos dois ministros, Silvio Costa Filho disse que trataram "do assunto da Azul de forma institucional" e é claro que ambos os governos querem "um entendimento no final desse diálogo entre a TAP e a Azul".
Mas "ficou acertado" que será respeitada a questão legal.
"Vamos aguardar que esse processo corra o ciclo natural, e, se for possível, fazer um acordo entre a TAP e a Azul", mas sem "nenhuma ingerência por parte dos governos brasileiros ou português" nas companhias aéreas, sublinhou.
O executivo brasileiro "tem dialogado com a TAP", adiantou o ministro, que hoje terá uma reunião em Lisboa com a administração da companhia aérea, para "entender melhor a situação" da dívida.
Não se pode "obrigar a que seja pago" mas pode-se fazer "um diálogo de sensibilização, para que possa ser feito um acordo entre as duas companhias", afirmou.
Nesse sentido, garantiu também que o governo brasileiro "está disponível para ajudar em qualquer termo de cooperação".
No encontro com Miguel Pinto Luz, o ministro brasileiro admitiu que "colocou algumas preocupações em relação à possibilidade desse acordo" e o ministro das Infraestruturas português disse "expressamente" que "vai respeitar o processo" legal.
Quanto a um possível prazo para ser alcançado o acordo é que o ministro preferiu não se pronunciar.
O que está em questão é um diferendo entre a TAP e a Azul sobre um empréstimo obrigacionista da companhia aérea brasileira à sua congénere portuguesa, que vence em 2026.
A Azul quer receber antecipadamente o valor dos 198 milhões de euros em causa, e a TAP não pretende avançar.
Hoje, último dia da sua estadia em Portugal, o ministro do Brasil, além do encontro com a TAP visitará o porto de Lisboa.
Na última quinta-feira, o ministro brasileiro reuniu-se com as administrações da Indra e da Galp, empresa com grandes investimentos na produção de petróleo e gás natural no Brasil.
Da Galp disse na entrevista à Lusa, que leva a manifestação de vontade da companhia energética de ampliar os seus investimentos no Brasil.
A Galp já tem hoje uma "importante posição na área da produção petrolífera" e já é "um grande parceiro comercial do Brasil", frisou o ministro, mas "quer ampliar os investimentos" no país.
Silvio Costa Filho disse que apresentou à Galp a carteira de leilões de concessões nos próximos três anos, com alguns na área dos granéis líquidos em que a empresa pode estar interessada.