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Goldman Sachs avalia Royal Mail quase duas vezes acima da OPV

Banco de investimento norte-americano, um dos responsáveis pela colocação dos correios britânicos em bolsa, avaliou a empresa no máximo de 3,75 mil milhões de libras. Menos de dois meses após a OPV, o preço-alvo avalia a empresa em mais de 6 mil milhões de libras.

Bloomberg
28 de Novembro de 2013 às 18:29
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O Goldman Sachs iniciou a cobertura das acções do Royal Mail com um preço-alvo de 610 pence. Este valor representa um prémio de 85% face ao valor de entrada em bolsa a 11 de Outubro, 330 pence, e está já a gerar duras críticas por parte da oposição britânica que acusa o Governo de ter subavaliado a empresa.

 

Caso as acções da empresa atinjam este valor no espaço de um ano, como prevê o banco de investimento norte-americano, a empresa atingirá uma capitalização bolsista de 6 mil milhões de libras (7,17 mil milhões de euros). Aquando da sua entrada em bolsa, a empresa estava avaliada em 3,3 mil milhões de libras (3,94 mil milhões de euros) e a avaliação feita, na altura, pelo Goldman Sachs era, no máximo, de 3,75 mil milhões de libras.   

 

Na nota de análise emitida esta quinta-feira, 28 de Novembro, o banco de investimento norte-americano refere que o Royal Mail deverá beneficiar, nos próximo anos, da “modernização da rede e da racionalização da força de trabalho”. O Goldman Sachs prevê uma melhoria das margens e explica que esta avaliação não inclui o risco de greves (algo que foi tido em conta na avaliação realizada antes do IPO).  

 

A primeira avaliação apresentada pelo Goldman Sachs ao Governo britânico variava entre 3 mil milhões de libras e 3,7 mil milhões de libras. Mais tarde foi revista para um intervalo entre 3,25 mil milhões e 3,5 mil milhões de libras, podendo (não tendo em consideração diversos riscos, como o de greves no sector) atingir o valor máximo de 3,75 mil milhões de libras.

 

A entrada em bolsa dos correios britânicos está a ser investigada pelo Parlamento britânico. A 20 de Novembro, os deputados ouviram os representantes do Goldman Sachs e do UBS, os dois bancos escolhidos pelo Governo de David Cameron, de outros três bancos (JPMorgan, Citibank e Deutsche Bank) que avaliaram a empresa e do banco de investimento Panmure Gordon (que alertou para o baixo valor da oferta).

 

Esta quarta-feira, 28 de Novembro, foi a vez de a comissão ouvir, entre outros, o secretário de Estado para os Negócios, Vince Cable. O responsável recusou, mais uma vez, que o preço de venda da empresa tenha sido baixo, quando confrontado com a subida das acções desde a sua entrada em bolsa (as acções entraram em bolsa a valer 300 pence e fecharam a sessão de hoje nos 555 pence).

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