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Gigantes editoriais do Japão processam empresa dos EUA por pirataria de banda desenhada manga

A ação deve dar entrada ainda esta semana num tribunal de Tóquio, com o quarteto de editoras a reivindicar o equivalente a 3 milhões de euros em prejuízos.

DR
31 de Janeiro de 2022 às 18:30
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Quatro das maiores editoras de manga do Japão - a Kodansha, Shueisha, Shogakukan e Kadokawa - anunciaram que vão processar a norte-americana Cloudflare por violação dos direitos de autor, acusando a empresa de albergar servidores para um 'site' de pirataria.

De acordo com a agência France-Presse (AFP), um porta-voz da Kodansha revelou, esta segunda-feira, que os quatro gigantes vão intentar uma ação num tribunal distrital de Tóquio ainda esta semana. Fonte próxima adiantou que pretendem exigir 400 milhões de ienes (cerca de 3 milhões de euros ao câmbio atual) por prejuízos.

As editoras acusam a Cloudflare de violação dos direitos de autor, pelo seu papel no acolhimento de 'sites' que distribuem cópias pirateadas de títulos de banda desenhada manga. 

Segundo a mesma fonte, citada pela AFP, a empresa é acusada de ajudar à prática, por providenciar um servidor capaz de gerir elevado tráfego online, que tem 300 milhões de visualizações estimadas por mês e distribui aproximadamente 4.000 títulos.

Os 'sites' de 'pirataria, onde as cópias dos romances gráficos são distribuídos de graça, têm atormentado há muito as editoras de épicos de manga, como "One Piece" e "Attack on Titan", cujos prejuízos são estimados em milhões de dólares só no Japão.

A Cloudfare ainda não reagiu à notícia, mas não é a primeira vez que fica sob fogo das editoras de manga. Em 2019, o mesmo quarteto alcançou um acordo com a firma norte-americana, depois de esta ter concordado em parar de facultar os seus serviços a um 'site' de pirataria.

Tomoyuki Inui, porta-voz da Kodansha, deixou claro agora que as editoras estão determinadas em avançar para a justiça para proteger os direitos dos artistas. "Todos os lucros feitos a partir desses 'sites de pirataria de manga vão diretos para os seus operadores ilegais. Nada vai para as livrarias, editores ou autores de manga que têm dedicado as suas vidas a criar estes trabalhos", afirmou.

"Temos de pôr um ponto final nos 'sites' de pirataria para proteger a cultura japonesa manga", reforçou.

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