A Galp Energia, que integrava um consórcio liderado pela Petronas e onde estava também a Petrobrás, perdeu os dois blocos de águas profundas a que estava a concorrer no Mar de Timor.

Segundo um comunicado do gabinete do primeiro ministro de Timor Leste, Mário Alkatiri, o grupo italiano, que é accionista de referência da Galp, foi o grande vencedor do leilão para blocos petrolíferos.

A ENI ganhou cinco dos seis blocos que estavam a concurso, tendo o sexto sido atribuído à petrolífera indiana Reliance Industries. Os contratos de partilha de exploração deverão ser assinados até 20 de Junho deste ano. A Galp tinha concorrido a dois dos blocos atribuídos à ENI, o C e E.

A entrada em Timor permitia cumprir um dos objectivos do plano estratégico da Galp até 2010 que aposta no reforço da exploração e produção em países de língua portuguesa.

O elevado investimento associado à proposta da ENI, quer em matéria de programa de pesquisa e desenvolvimento, quer em estudos, quer em contributos para a economia local, tornou as propostas do grupo italiano difíceis de bater.

A ENI não só propôs muito mais trabalho de estudo e desenvolvimento nos blocos em disputa, como também propôs um contributo para a economia de Timor de 6,5 milhões de dólares. Para os mesmos blocos, o C e o CE, o consórcio Petronas, Galp e Petrobras, propôs dois milhões de dólares.

Já em Angola, a ENI ganhou alguns dos blocos mais disputados ao oferecer o bónus de assinatura mais elevado alguma vez pago neste tipo de concurso, cerca de 900 milhões de dólares.