Notícia
Galp, Nos e BPI renderam quase 500 milhões a Isabel dos Santos
Entre dividendos e mais-valias, a empresária angolana realizou um encaixe milionário nos últimos anos com as participações detidas nestas três empresas portuguesas. Eurobic e Efacec são as vendas mais adiantadas.
Na Galp foram 239 milhões de euros, na Zon / Nos foram 189 milhões de euros e no BPI o encaixe ascendeu a 66 milhões de euros. No total, entre dividendos e mais-valias, a empresária angolana Isabel dos Santos somou cerca de 494 milhões de euros com estes três negócios em Portugal.
As contas são apresentadas pelo Público na edição desta segunda-feira, 17 de fevereiro, lembrando que ao contrário do que aconteceu em Angola, em que os bens também foram congelados, em Portugal foram abrangidas apenas as contas bancárias, o que faz com que as empresas não tenham sido afetadas pela decisão.
Na sequência do escândalo conhecido como Luanda Leaks, a filha do ex-presidente angolano está a desfazer-se de várias participações empresárias que detém em empresas, cujos créditos junto da banca portuguesa rondam os 570 milhões de euros. Na semana passada foi anunciado um acordo com o Abanca para a compra de 95% do Eurobic.
No caso da Efacec, em que detém uma participação maioritária, uma das propostas para a aquisição é de um sindicato bancário financiador da empresa industrial, que inclui BCP, o Novo Banco e CGD, envolvendo a conversão de crédito em capital. Pretende desbloquear a gestão no imediato e alienar depois a posição a um investidor que garanta a continuidade e crescimento do negócio.
Na última edição, o Expresso noticiou que Angola não está a conseguir notificar Isabel dos Santos e que Portugal recebeu um pedido do Supremo Tribunal de Justiça angolano para constituir como arguidos Paula Oliveira, Mário Leite Silva e Sarju Raikundula, os portugueses com ligações à empresária.