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Futura dona da Efacec espera quase duplicar lucros para 200 milhões em 2028

Este ano fiscal, os lucros líquidos da Mutares devem atingir entre 92 milhões e 112 milhões de euros. Nova meta a médio prazo foi apresentada no Capital Markets Day, em que também foi atualizada a estratégia em termos de distribuição de dividendos, ficando a promessa de "um dividendo mínimo anual de dois euros por ação".

13 de Outubro de 2023 às 12:57
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Os alemães da Mutares, que ganharam a corrida à reprivatização da Efacec e vão ficar assim com os 71,73% do capital da empresa detidos pelo Estado, anunciaram "ambiciosos planos de crescimento" a médio prazo que incluem designadamente atingir lucros líquidos de 200 milhões de euros em 2028.

À luz das novas metas a médio prazo, reveladas esta quinta-feira durante o Capital Markets Day, a Mutares espera que, no ano fiscal de 2028, as receitas consolidadas da "holding" aumentem para 10 mil milhões de euros em 2028 e que os lucros líquidos subam para o patamar dos 200 milhões de euros, com base nos números estimados para este exercício fiscal (4,8 mil milhões a 5,4 mil milhões de euros de receitas consolidadas e entre 92 milhões a 112 milhões de euros de lucros líquidos).

No intermédio, em 2025, a Mutares prevê receitas consolidadas na ordem dos 7 mil milhões de euros e lucros entre 125 e 150 milhões de euros.

"Os últimos anos, desde que fundei a Mutares, têm sido uma verdadeira história de sucesso, pois cumprimos as nossas promessas de crescimento. Estou confiante de que podemos continuar a ser bem-sucedidos neste caminho e alcançar receitas consolidadas de 10 mil milhões de euros até 2028", afirmou o o fundador e CEO da Mutares, Robin Laik, citado num comunicado enviado às redações.

"Vejo também como positivo o desenvolvimento da capitalização de mercado, embora ainda num estágio inicial, pelo que espero que também possamos vir a desenvolver todo o nosso potencial aqui", reforçou.

Estes dois objetivos são revistos em alta e, na prática, representam quase o dobro face ao previsto inicialmente, devido a uma série de fatores-chave. "Além das condições económicas e de mercado extremamente favoráveis, a Mutares também tomou medidas para expandir significativamente o seu portfólio", assinala, destacando "o refinanciamento antecipado com uma nova obrigação, que vence em 2027, e o seu aumento para 150 milhões de euros" e o facto de ter adicionado um quarto segmento - retalho e alimentação - aos três existentes (automóvel e mobilidade, engenharia e tecnologia e bens e serviços).

Mas, o terceiro e "mais importante fator", vinca, consiste na expansão global, com a Mutares a dar conta de que após a entrada na China - que oferece "oportunidades diversas e atrativas" e, onde, aliás, já tem metas definidas - tem prevista para 2024 a abertura de um escritório nos Estados Unidos.

Dividendos de dois euros por ação

O conselho de administração da Mutares também atualizou a estratégia em termos de distribuição de dividendos, avançando com a promessa de "um dividendo mínimo anual de dois euros por ação".

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Em anos particularmente bem-sucedidos, com um elevado excedente de caixa, o pagamento de dividendos de bónus continuará a ser previsto após consideração apropriada pela administração. O objetivo é que os acionistas participem nas impressionantes perspetivas de crescimento numa base sustentável. Espera-se que o dividendo mínimo aumente ainda mais no médio prazo, em linha com o crescimento do grupo", refere a Mutares na mesma nota.

A "holding" industrial alemã, cotada na bolsa de Frankfurt, tem levado a cabo uma série de aquisições de empresas, que vão do setor automóvel ao dos laticínios, em países como França, Finlândia e Alemanha. Desde janeiro até meados de agosto tinha anunciado a entrada no capital - nalguns casos, a 100% - de pelo menos seis empresas e a saída de cinco.
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