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Fundo de pensões holandês acusado de investir em armamento

As sociedades que gerem o capital da segurança social holandesa foram acusadas de investir em empresas norte-americanas de fabrico de minas-terrestres e explosivos de fragmentação, apesar de Amesterdão ter assinado um tratado internacional contra este tip

20 de Março de 2007 às 13:04
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As sociedades que gerem o capital da segurança social holandesa foram acusadas de investir em empresas norte-americanas de fabrico de minas-terrestres e explosivos de fragmentação, apesar de Amesterdão ter assinado um tratado internacional contra este tipo de armamento.

Esta notícia foi revelada num programa de televisão holandês, o qual alegava que o investimento nestas empresas de fabrico de armamento tinha totalizado 229 milhões de euros em 2006. O programa noticioso ‘Zembla’ acrescentava ainda que os fundos poderiam estar a investir em empresas que utilizam mão-de-obra infantil.

O director de investimento da ABP, uma das maiores gestoras de fundos da Europa, Roderick Munsters, defendeu-se das acusações, revelando que "a gestora não tem guias que a proíba de investir neste género de empresas". O responsável da gestora de fundos PGGM, a qual também foi acusada de ter o mesmo género de investimento, afirmou que os seus fundos não investem em empresas cujos resultados dependem em mais de 50% do fabrico de armamento.

As questões éticas e a responsabilidade social são temas cada vez mais comuns para as sociedades gestoras de fundos mundiais. Muitas cativam investidores garantindo-lhes, além de um bom resultado, que apenas investem em empresas que não fabricam armamento, defendem o ambiente ou seguem determinadas orientações religiosas.

Além dos fundos da segurança social, também alguns fundos de pensões de empresas estatais e os da Shell foram acusados de investimentos em empresas que investem em empresas de armamento.

Depois desta notícia, vários políticos holandeses já vieram a público exigir que se adopte a total transparência dos fundos geridos na Holanda, bem como a adopção de normas éticas semelhantes às existentes na Noruega.

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