Em comunicado, a Francisco Manuel dos Santos informa que o conselho de curadores, presidido por Alexandre Soares dos Santos, “decidiu aceitar o pedido de demissão do presidente do conselho de administração da Fundação Francisco Manuel dos Santos, António Barreto que, tendo completado há cerca de seis meses o seu mandato de cinco anos, já fizera saber que não era sua intenção continuar naquelas funções”.

A Fundação confirma, assim, notícias avançadas esta quarta-feira pela imprensa nacional. Nas edições impressas, “Diário Económico” e “Público” noticiaram que o sociólogo António Barreto, que se previa que assumisse as funções de “chairman” da Fundação Francisco Manuel dos Santos, iria abandonar a instituição no final do mês. Os jornais adiantaram que a saída do responsável surge após divergências com Alexandre Soares dos Santos.

No comunicado, a Fundação Francisco Manuel dos Santos acrescenta que “termina assim o primeiro ciclo de vida da Fundação, criada em 2009. Segundo vontade do fundador, as actividades futuras da Fundação deverão continuar a desenvolver a missão definida pelos estatutos e consagrada na carta de princípios”.

“Na mesma reunião, o conselho de fundadores deliberou nomear o professor Nuno Garoupa, actual membro do conselho de administração e previamente membro do conselho científico da Fundação Francisco Manuel dos Santos, como presidente do conselho de administração em exercício”, conclui o comunicado.

Segundo a imprensa, António Barreto ia deixar as funções de presidente executivo da Fundação, sendo substituído por Nuno Garoupa, e assumir o cargo de “chairman”, contudo as divergências terão ditado o fim do seu papel na instituição.

Soares dos Santos destaca “dimensão intelectual e humana” de António Barreto

O presidente do conselho de curadores da Fundação “enaltece” e agradece “publicamente a inquestionável dedicação, o inquebrantável entusiasmo e o extraordinário trabalho por si colocados ao serviço da afirmação e do desenvolvimento desta fundação, em Portugal”.

“A dimensão intelectual e humana do professor António Barreto e a força do seu carisma fazem de trabalhar com ele, mais do que um prazer, um verdadeiro privilégio”, escreve Alexandre Soares dos Santos num outro comunicado.

O responsável conclui que, completado o seu mandato de cinco anos, e entendendo não querer dar-lhe continuidade, o professor António Barreto deixa um legado, uma esperança e uma responsabilidade: o valioso legado que o seu contributo ímpar constitui; a grande esperança de que possa em breve cumprir-se o desejo recíproco de os nossos caminhos voltarem a cruzar-se; a enorme responsabilidade de dar-se continuidade ao espírito e à missão da fundação que, criada em 2009, teve nele o seu primeiro presidente, que nunca será esquecido”.

(Notícia actualizada às 17h44m com comunicado de Alexandre Soares dos Santos)