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Fitch: Saída de Zeinal Bava da Oi não coloca em risco fusão com a PT

A saída do gestor português da operadora brasileira pode implicar a mudança da estratégia da empresa. A agência considera que agora a "sucessão e a continuação" na Oi são importantes.

Negócios 17 de Outubro de 2014 às 18:58
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A saída de Zeinal Bava da operadora brasileira Oi não coloca em risco a fusão com a Portugal Telecom, defende a Fitch. "Acreditamos que a lógica industrial para a fusão permanece forte apesar da especulação do mercado acerca do futuro" da PT Portugal, diz a agência de notação financeira numa nota publicada esta sexta-feira, 19 de Outubro.

 

No entanto, esta saída "pode também indicar uma mudança ou divergência de pontos de vista sobre políticas financeiras", isto é, a estratégia da Oi pode vir a mudar no médio prazo. Apesar desta mudança de trajecto poder levar "tempo a manifestar-se", a Fitch defende que a empresa "deve ser vigiada".

 

A saída de Zeinal Bava da operadora brasileira Oi é um exemplo de como a liderança nas empresas se pode tornar um factor de peso na avaliação dos ratings corporativos, considera a agência.

 

O gestor português é assim um caso de "risco associado a um gestor chave", nome que a agência de notação financeira dá aos líderes com um peso relevante na estratégia da companhia e aos riscos associados a uma saída inesperada. O outro exemplo dado é o do ex-CEO da irlandesa eircom, Herb Hribar.

 

Isto acontece particularmente em "sectores altamente competitivos" e em "rápida mudança" por causa do potencial para os "grandes vencedores e perdedores poderem emergir num relativo curto espaço de tempo", ou seja, como no sector das telecomunicações.

 

Após a saída de um gestor chave, a "sucessão e a continuação tornam-se críticas", mas a perda de gestores chave "raramente" tem uma consequência imediata no rating, argumenta.

 

A agência deixa vários elogios a Zeinal Bava. Primeiro, que foi "instrumental em estabelecer a Portugal Telecom como um dos negócios europeus mais progressivos". Depois, por também ter sido "instrumental" na "engenharia" para fundir a PT com a Oi".

 

Um sinal de que os "mercados estão a prestar atenção ao risco associado aos gestores chave", foi a queda da cotação da Oi, assim como o aumento dos spreads dos seguros por incumprimento da Portugal Telecom.

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