Notícia
Fim dos direitos de voto teve "um quórum deliberativo formidável"
Maioria dos accionistas da Zon fez questão de votar na deliberação que ditou o fim dos limites aos direitos de voto. Zon está mais "apetecível" desde ontem
30 de Janeiro de 2012 às 23:30
O capital social que compõe a Zon Multimedia fez-se representar em força na assembleia-geral de ontem, onde foi deliberada a desblindagem dos estatutos da empresa no que toca ao limite aos direitos de voto dos accionistas, até ontem fixado nos 10%.
Os 79,5% da estrutura accionista que, ontem, votou no auditório da Fundação Champalimaud representam um número recorde em assembleias-gerais da Zon, tendo levado, inclusivamente, o presidente da mesa da assembleia-geral, Júlio Castro Caldas, a referir ao Negócios que "foi um quórum deliberativo formidável". O referido quórum aprovou o único ponto da ordem de trabalhos com uma esmagadora maioria de 93,3% de votos a favor e nenhum voto contra. A abstenção reuniu 6,7% dos votos. Sobre a abstenção, o presidente da mesa da assembleia-geral referiu ao Negócios que se tratou de "um fundo espanhol", não concretizando de que fundo se tratava, nem quem estaria a representar na reunião.
Já o presidente do conselho de administração, Daniel Proença de Carvalho, adiantou que a desblindagem, além de ser "uma recomendação da CMVM", está "de acordo com as melhores práticas". O fim dos limites, segundo o advogado, traz "uma maior liberdade aos investidores, relativamente à Zon", admitindo que a empresa fica mais apetecível para investidores e accionistas.
Joaquim Oliveira: "novos accionistas são bem vindos"
Da parte dos accionistas presentes, nenhum se quis comprometer com eventuais consequências da deliberação. Confrontados com o facto de Isabel dos Santos ter agora o caminho aberto rumo ao reforço de posição, ninguém quis comentar essa possibilidade.
"Em todas as assembleias-gerais em que se desblindam estatutos, os accionistas estão sempre a favor". A tese de Joaquim Oliveira (detém 4,84% do capital da Zon) foi confirmada pelos 93,3% de votos a favor da desblindagem dos estatutos e pelo próprio – "eu votei a favor", frisou – apesar de o próprio já ter votado contra uma desblindagem de estatutos, durante a Oferta Pública de Aquisição da Sonaecom à PT.
O líder da Controlinveste não se mostrou preocupado com a eventual reestruturação que pode derivar da desblindagem . "Novos accionista são sempre bem vindos", adiantou o empresário.
Jorge Cardoso, da Caixa Geral de Depósitos (principal accionista da Zon, com 10,88%), frisou ao Negócios que marcava presença na assembleia-geral enquanto administrador da Zon (designado pela CGD) e, como tal, não se pronunciaria sobre o que tinha sido deliberado. Deixou, ainda assim, escapar que "a Caixa nem sai fortalecida nem enfraquecida" da reunião.
Já Fernando Martorell, da sociedade gestora Espírito Santo Irmãos (detém 5% do capital), reforçou a ideia já referida anteriormente por Ricardo Salgado, ao frisar que a participação na Zon "não é muito estratégica" para a sua empresa. Martorell referiu que a decisão de desblindagem "é boa", mas "não necessariamente para vender".
Os 79,5% da estrutura accionista que, ontem, votou no auditório da Fundação Champalimaud representam um número recorde em assembleias-gerais da Zon, tendo levado, inclusivamente, o presidente da mesa da assembleia-geral, Júlio Castro Caldas, a referir ao Negócios que "foi um quórum deliberativo formidável". O referido quórum aprovou o único ponto da ordem de trabalhos com uma esmagadora maioria de 93,3% de votos a favor e nenhum voto contra. A abstenção reuniu 6,7% dos votos. Sobre a abstenção, o presidente da mesa da assembleia-geral referiu ao Negócios que se tratou de "um fundo espanhol", não concretizando de que fundo se tratava, nem quem estaria a representar na reunião.
Joaquim Oliveira: "novos accionistas são bem vindos"
Da parte dos accionistas presentes, nenhum se quis comprometer com eventuais consequências da deliberação. Confrontados com o facto de Isabel dos Santos ter agora o caminho aberto rumo ao reforço de posição, ninguém quis comentar essa possibilidade.
"Em todas as assembleias-gerais em que se desblindam estatutos, os accionistas estão sempre a favor". A tese de Joaquim Oliveira (detém 4,84% do capital da Zon) foi confirmada pelos 93,3% de votos a favor da desblindagem dos estatutos e pelo próprio – "eu votei a favor", frisou – apesar de o próprio já ter votado contra uma desblindagem de estatutos, durante a Oferta Pública de Aquisição da Sonaecom à PT.
O líder da Controlinveste não se mostrou preocupado com a eventual reestruturação que pode derivar da desblindagem . "Novos accionista são sempre bem vindos", adiantou o empresário.
Jorge Cardoso, da Caixa Geral de Depósitos (principal accionista da Zon, com 10,88%), frisou ao Negócios que marcava presença na assembleia-geral enquanto administrador da Zon (designado pela CGD) e, como tal, não se pronunciaria sobre o que tinha sido deliberado. Deixou, ainda assim, escapar que "a Caixa nem sai fortalecida nem enfraquecida" da reunião.
Já Fernando Martorell, da sociedade gestora Espírito Santo Irmãos (detém 5% do capital), reforçou a ideia já referida anteriormente por Ricardo Salgado, ao frisar que a participação na Zon "não é muito estratégica" para a sua empresa. Martorell referiu que a decisão de desblindagem "é boa", mas "não necessariamente para vender".