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Fileira do calçado exportou 2,25 mil milhões em 2016
As exportações do “cluster” português do calçado, que agrega as indústrias de sapatos e seus componentes, artigos de pele e curtumes, atingiram os 2,25 mil milhões de euros em 2016, mais 300 milhões do que três anos antes.
A indústria portuguesa de calçado continua a bater recordes nas exportações, tendo fechado 2016 com vendas de 1,923 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de quase 700 milhões de euros nos últimos sete anos.
Já em termos de fileira do calçado, as exportações deste "cluster" nacional aumentaram cerca de 300 milhões de euros só nos últimos três anos, para 2,247 mil milhões de euros em 2016, adiantou, ao Negócios, o director de comunicação da associação do sector (APICCAPS).
De acordo com os dados fornecidos ao Negócios por Paulo Gonçalves, as exportações da indústria dos artigos de pele e marroquinaria (malas, cintos e outros produtos em pele) atingiram os 178 milhões de euros em 2016, mais 29 milhões do que no ano anterior. Um valor que multiplica por três as vendas ao exterior registadas no princípio desta década.
Já o sector de componentes para calçado exportou 47 milhões de euros no ano passado, mais cinco milhões do que em 2015.
"A indústria nacional de componentes não é suficiente para as necessidades dos fabricantes de calçado, pelo que Portugal apresenta um défice comercial nesse tipo de produto. O défice é particularmente acentuado nas gáspeas, produto de menor valor acrescentado, reflectindo a especialização de Portugal noutras fases do processo produtivo", explica a última monografia estatística da APICCAPS.
A única nota negativa, em termos de evolução das exportações desta fileira, fica por conta da indústria de curtumes, que perdeu cinco milhões de euros de vendas nos mercados externos, por via de uma maior absorção do mercado interno, para 99 milhões de euros em 2016.