Notícia
Faria de Oliveira: "Ainda bem que a CGD não comprou o BPN"
O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Faria de Oliveira, considerou hoje que a compra do BPN pelo banco público teria tido consequências negativas para a Caixa, realçando que a privatização foi a melhor opção.
01 de Junho de 2012 às 19:47
"Ainda bem que a CGD não comprou o BPN", lançou Faria de Oliveira enquanto respondia a uma das inúmeras questões dos deputados que compõem a comissão de inquérito relativa ao BPN.
"A integração na CGD seria o último dos cenários", reforçou, considerando que a mesma "iria destruir valor da CGD, devido à ausência de sinergias e ao previsível impacto sobre o 'rating' do banco estatal".
A opção de compra levaria ainda a um acréscimo dos custos de financiamento da CGD, além de danos de imagem, acrescentou.
"Passou-me, no início, a hipótese de comprar para vender. Nunca para integrar", revelou Faria de Oliveira.
Até porque, segundo o banqueiro, essa compra aconteceria "no pior momento possível", dada a conjuntura do sector bancário na sequência da crise financeira potenciada pela falência do Lehman Brothers.
"Criar mais dificuldades ao maior banco português seria uma aberração", salientou o presidente do conselho de administração da CGD, que geriu o BPN desde a sua nacionalização até à venda ao BIC.
Sobre o negócio com o banco liderado por Mira Amaral, cujo montante ascendeu a 40 milhões de euros, Faria de Oliveira disse aos deputados que o preço acordado "foi o possível", lembrando que "não havia outro comprador credível".
Isto, porque das quatro entidades que manifestaram interesse na compra do BPN, duas foram rejeitadas "liminarmente" por não reunirem as condições necessárias, explicou o banqueiro, em referência às propostas apresentadas pelo Núcleo Estratégico de Investidores (NEI) e por Aníbal Ribeiro.
As outras duas possibilidades eram "interessantes", segundo Faria de Oliveira, mas a proposta do Montepio "não respondia ao caderno de encargos, já que só pretendia comprar agências e não os serviços centrais".
Daí, Faria de Oliveira considerou lógico ter sido apenas seleccionado o BIC para as negociações finais.
"A integração na CGD seria o último dos cenários", reforçou, considerando que a mesma "iria destruir valor da CGD, devido à ausência de sinergias e ao previsível impacto sobre o 'rating' do banco estatal".
"Passou-me, no início, a hipótese de comprar para vender. Nunca para integrar", revelou Faria de Oliveira.
Até porque, segundo o banqueiro, essa compra aconteceria "no pior momento possível", dada a conjuntura do sector bancário na sequência da crise financeira potenciada pela falência do Lehman Brothers.
"Criar mais dificuldades ao maior banco português seria uma aberração", salientou o presidente do conselho de administração da CGD, que geriu o BPN desde a sua nacionalização até à venda ao BIC.
Sobre o negócio com o banco liderado por Mira Amaral, cujo montante ascendeu a 40 milhões de euros, Faria de Oliveira disse aos deputados que o preço acordado "foi o possível", lembrando que "não havia outro comprador credível".
Isto, porque das quatro entidades que manifestaram interesse na compra do BPN, duas foram rejeitadas "liminarmente" por não reunirem as condições necessárias, explicou o banqueiro, em referência às propostas apresentadas pelo Núcleo Estratégico de Investidores (NEI) e por Aníbal Ribeiro.
As outras duas possibilidades eram "interessantes", segundo Faria de Oliveira, mas a proposta do Montepio "não respondia ao caderno de encargos, já que só pretendia comprar agências e não os serviços centrais".
Daí, Faria de Oliveira considerou lógico ter sido apenas seleccionado o BIC para as negociações finais.